Próxima etapa prevê a instalação do Centro Cirúrgico, faltando apenas a contratação de anestesistas (Kamá Ribeiro)
A Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar informou que deve ampliar o atendimento na Unidade Pediátrica Mário Gattinho nos próximos dias, no entanto, o funcionamento da unidade em sua capacidade plena, esperada para esta primeira quinzena de abril, ficará para uma próxima etapa, ainda sem data definida. A Rede informou, por meio da assessoria de imprensa, que 14 leitos de UTI e nove de lactentes (crianças de até dois anos que estão sendo amamentadas) começarão a funcionar em alguns dias. As obras estão finalizadas restando apenas a instalação de equipamentos para concretizar a ampliação e disponibilizar os leitos para as internações.
A próxima etapa contará com a instalação do centro cirúrgico, com disponibilização de duas salas, quatro leitos de recuperação pós-anestésica e três leitos-dia. A obra está pronta, porém a ida do centro cirúrgico para o Mário Gattinho vai acontecer após a conclusão do processo de contratação de anestesistas. A Rede diz que a assistência não será prejudicada, uma vez que as cirurgias pediátricas continuarão ocorrendo no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti.
No final de março, a Rede antecipou a abertura de 15 leitos de enfermaria na unidade, após observar a ocupação total nas acomodações disponíveis na Rede, a demanda, ainda alta, e a chegada do período de sazonalidade das doenças respiratórias. Antes disso, em dezembro do ano passado, a Unidade Pediátrica iniciou os atendimentos com funcionamento parcial. À época, a previsão da Prefeitura era de que o Mário Gattinho estaria com toda a sua estrutura instalada e preparada para receber a demanda até o início do mês de março, mas as chuvas do início do ano afetaram o ritmo das obras.
A proporção de casos respiratórios em crianças tem crescido desde o início do ano em toda a Rede. Em janeiro, foram 9.520 atendimentos (média diária de 307), sendo que 25% com sintomas respiratórios. Em fevereiro, 36,3% dos 17.821 pacientes do mês, ou 636 por dia, tinham os mesmos sintomas. Os casos respiratórios em março atingiram 41,2% - e com um aumento considerável também nos atendimentos: 26.927, média de 868 por dia.
Desde segunda-feira, dia 10, para aliviar a pressão e a demanda nos hospitais, prontos-socorros e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a Secretaria de Saúde determinou que os Centros de Saúde do município passem a reorganizar os atendimentos dando prioridade aos casos leves de crianças sintomáticas respiratórias. São considerados casos leves: crianças com coriza clara, febre baixa, boa aceitação alimentar e congestão nasal leve. Crianças com desconforto respiratório, febre que não diminui ou muito abatidas devem ser levadas às UPAs.