ALERTA VERMELHO NA SAÚDE

Em Campinas, Mário Gatti suspende exames por falta de contraste iodado

Foram adiadas 249 tomografias no Hospital Ouro Verde devido à falta do insumo

Isadora Stentzler/ [email protected]
21/07/2022 às 08:59.
Atualizado em 21/07/2022 às 08:59
Pessoas aguardam atendimento no Hospital Dr. Mário Gatti: segundo a assessoria da Rede, a unidade atende a cerca de 70 usuários diariamente que requerem exames de imagem (Gustavo Tilio)

Pessoas aguardam atendimento no Hospital Dr. Mário Gatti: segundo a assessoria da Rede, a unidade atende a cerca de 70 usuários diariamente que requerem exames de imagem (Gustavo Tilio)

Os exames ambulatoriais que dependem de contraste iodado estão cancelados desde o dia 1º de julho na Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar, de Campinas. Segundo a Rede, foram adiadas 249 tomografias no Hospital Ouro Verde devido à falta do insumo. O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), esteve quarta-feira (20) com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cobrando medidas para sanar o problema. 

Segundo informou a assessoria da Rede Mário Gatti, no Hospital Ouro Verde, onde tomografias precisaram ser canceladas, há a racionalização do uso nos exames desde o início do mês. Neste momento, estão sendo priorizados atendimento a casos de urgência e emergência que chegam na unidade e o atendimento a pacientes internados. 

A Rede ainda afirma que todos os exames serão reagendados quando os estoques estiverem normalizados.

Já no Mário Gatti, segundo a assessoria, os estoques costumam ser para 90 dias, mas, no início do mês, esse período caiu para 7 dias e, hoje, há uma reserva para até 40 dias, restrita ao uso nas urgências, emergências e em pacientes internados. 

"Os estoques estão baixos mas, até o momento, os fornecedores têm mantido entregas aos poucos e de forma constante", informou a assessoria, que negou que haja fila de espera para a realização de exames que necessitem de contraste.

Em cada um dos hospitais são registrados uma média de 70 atendimentos por dia de urgência e emergência e que necessitam de exames de imagem com uso de contraste iodado. O cancelamento de exames, segundo a assessoria da rede, foi para garantir que esses casos sigam sendo atendidos. 

A assessoria ainda destacou que já cobrou os fornecedores do insumo sobre a normalização desta situação. "A expectativa é a de que, na próxima semana, haja uma previsão de quando isso irá ocorrer", informou a Rede, por meio de nota. 

Pasta da Saúde monitora

A Secretaria de Saúde de Campinas informou, quarta-feira (20), que também está monitorando a disponibilidade de exames que necessitam de contraste iodado na Rede Mário Gatti e no hospital da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC).

"Esse insumo é utilizado em tomografias, cateterismo, angiografias e angioplastias. Em caso de restrição, são seguidos os fluxos com adiamento de procedimentos eletivos e prioridade para os casos de urgência e emergência. As tomografias sem contraste estão sendo agendadas normalmente", disse, em trecho. 

Dário cobra medidas

Também quarta-feira, o prefeito Dário Saadi (Republicanos), que também é vice-presidente para área de Saúde da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), participou de uma reunião com o ministro da Saúde Marcelo Queiroga e prefeitos para cobrar providências urgentes. "A FNP vem acompanhando uma possível falta de medicamentos no Brasil por questões de insumo e de preços. Hoje [quarta-feira], na reunião, o Ministério da Saúde colocou todas as medidas que foram tomadas e nos tranquilizou", garantiu o prefeito Dário Saadi.

Entre as medidas, estão a realização de várias reuniões com os representantes das fabricantes que produzem os medicamentos em falta e a retirada do imposto de importação, com o objetivo de baixar o preço dos itens.

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