SAÚDE

Dia D de vacinação contra a gripe tem ampla adesão dos campineiros

Oito supermercados, quatro shoppings e 14 centros de saúde receberam postos de vacinação

Bruno Luporini/bruno.luporini@rac.com.br
11/05/2025 às 12:56.
Atualizado em 11/05/2025 às 14:44

‘A gente tem que se prevenir, especialmente contra essa gripe, que está muito forte. disse Janice Cabral, 78, que se imunizou no CS da Vila Ypê (Kamá Ribeiro)

Ocorreu ontem o Dia D de vacinação contra a gripe em todo o Estado de São Paulo com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal e reforçar a importância da imunização. Em Campinas, oito supermercados, quatro shoppings e 14 centros de saúde receberam postos de vacinação, com boa adesão. A população elogiou a estratégia da Saúde em disponibilizar as vacinas também fora dos centros de Saúde.

Além dos locais privados, a vacinação também ocorreu nos Centros de Saúde que já funcionam aos sábados e nas unidades básicas do Campo Belo e Bassoli, que abriram excepcionalmente ontem. A iniciativa foi da Secretaria Estadual de Saúde (SES), seguindo orientação do Ministério da Saúde.

De acordo com Chaúla Vizelli, coordenadora do Programa de Imunização de Campinas, o Dia D é uma estratégia de mobilização, onde há a ampliação do acesso às vacinas em outros locais, diferente dos Centros de Saúde. "O objetivo é de fato facilitar o acesso da população". A escolha da data foi pensada por causa do Dia das Mães, comemorado hoje. Por isso, Chaúla explicou que a escolha dos locais levou em consideração o grande movimento gerado pela data de domingo. "Nossos CSs conhecem esses equipamentos comerciais e sabem que nesses locais a possibilidade de encontrar o público-alvo é grande".

O grupo prioritário da vacinação contra gripe é formado por idosos (60 anos ou mais), crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas, pessoas com doenças crônicas, povos indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua, trabalhadores da saúde e da educação, profissionais das forças de segurança e salvamento, profissionais das Forças Armadas, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo, trabalhadores portuários, trabalhadores dos Correios, população e funcionários do sistema de privação de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos). Chaúla enfatizou que o grupo é prioritário pois são pessoas que têm uma tendência maior a desenvolver o quadro mais grave das doenças, especialmente nos extremos de idade, como crianças e idosos. "Sem a vacina essas pessoas podem inclusive vir a óbito".

A empresária Jeane Cabral, 54, levou a mãe, Janice Cabral, 78, até o Centro de Saúde da Vila Ypê. Janice tomou a vacina contra a gripe. "As outras eu já havia tomado, agora estou com a carteirinha em dia". Ela sofreu um infarto recentemente e, como ainda está em recuperação, disse que a vacina é uma aliada para, caso pegue a gripe, não desenvolva formas mais graves da doença. "A gente tem que se prevenir, especialmente contra essa gripe que está muito forte". Já Ingrid Olímpio, a importância da vacina contra a gripe é proteger sua filha Emanuelle de dois anos. "A gripe não escolhe quem infectar, pega todo mundo, e as crianças precisam ser imunizadas". Ela é mãe de mais duas crianças de sete e nove anos, todas estão com o quadro vacinal atualizado. Os irmãos acompanharam a mãe na vacinação da pequena Emanuelle. "Ela foi boazinha, nem chorou", completou Ingrid.

Em um supermercado localizado na região do Nova Europa, a aposentada Lígia Negri, 76, estava feliz por receber a dose da vacina contra a gripe e a quarta dose contra a Covid, que ainda não havia tomado. "Meu filho me avisou que estavam vacinando aqui no mercado, como moro do lado aproveitei para vir, foi muito bom", destacou Lígia sobre a conveniência da ação. Além da doses contra gripe e Covid, os locais ofereceram as vacinas contra febre amarela, tétano, rotina infantil entre outras. Por isso, o economista Leonardo Tostes, 36, aproveitou a oportunidade para ir com a esposa Thaís Tostes, 36, se vacinar no supermercado. Leonardo recebeu as doses de tétano e febre amarela, para ele a praticidade foi o destaque positivo do Dia D. "Se não, eu teria que tirar uma parte do meu dia, sair do trabalho para ir a um CS, aqui, estávamos fazendo compras e já aproveitamos a praticidade".

Além dos shoppings e supermercados, o Dia D em Campinas, ocorreu também nos postos que normalmente ficam abertos aos sábados: Aeroporto, Parque Valença, Jardim Florence, Capivari, Santa Lúcia, Vista Alegre, União dos Bairros, DIC 1, Santo Antônio, Vila Ipê, São Quirino e Aurélia. A coordenadora de imunização explicou que existem outros projetos para intensificar ainda mais a vacinação para os grupos prioritários. "Não será chamado de Dia D, mas vamos realizar sim, e em breve divulgaremos as futuras datas".

Campinas iniciou a estratégia de vacinação contra a gripe há quatro semanas e já aplicou 99.890 doses. Deste total, 75.003 foram direcionadas para idosos, crianças de 6 meses a 5 anos e gestantes, enquanto 24.887 foram aplicadas nos outros grupos considerados prioritários. Um novo balanço deve ser divulgado na terçafeira, 13 de maio. "A primeira semana da vacinação esse ano realmente foi um sucesso, principalmente por conta da comunicação prévia, que chegou nas pessoas, mas ainda temos muito trabalho pela frente", destacou Chaúla.

O Governo de São Paulo, por meio da SES-SP, criou o portal "Vacina 100 Dúvidas" com as perguntas mais freqüentes sobre vacinação nos buscadores da internet. A plataforma esclarece questões como efeitos colaterais, eficácia das vacinas, doenças imunopreviníveis e quais os perigos ao não se imunizar. O acesso está disponível no link: www.vacina100duvidas.sp.gov.br.

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