A VOLTA DA PANDEMIA

Covid força EMTU a retomar uso de máscaras nos ônibus

Medida abrange 111 mil passageiros das linhas entre Campinas e 20 cidades

Henrique Oliveira/ henrique.oliveira@rac.com.br
26/11/2022 às 09:48.
Atualizado em 26/11/2022 às 09:48

Usuários aguardam ônibus da EMTU no Terminal Metropolitano Prefeito Magalhães Teixeira, em Campinas: a partir de hoje, o uso de máscaras nos coletivos será obrigatório (Rodrigo Zanotto)

O uso de máscaras de proteção facial no interior dos ônibus metropolitanos, gerenciados pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), será obrigatório a partir de hoje. A determinação do governo estadual foi publicada no Diário Oficial do Estado, devido ao avanço da covid-19, que, após um período de trégua, voltou a ser motivo de preocupação das autoridades sanitárias. Nos últimos 14 dias, o número de pessoas internadas com a doença aumentou 156% nas enfermarias e 97%, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em todo o Estado. Em Campinas, a média de testes que deram positivo para covid-19 foi de 25% a 30%.

De acordo com a EMTU, avisos alertando para a obrigatoriedade do uso das máscaras estão sendo confeccionados para serem fixados em diversos pontos no interior dos coletivos, em terminais e também em locais de grande fluxo de passageiros. Segundo a companhia, 111 mil pessoas se utilizam diariamente do serviço de transporte estadual nas 20 cidades atendidas pela empresa na Região Metropolitana de Campinas (RMC). A empresa opera 143 linhas ligando a metrópole a Americana, Artur Nogueira, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d'Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.

A decisão do governo paulista de retomar a obrigatoriedade do uso de máscaras ocorre 77 dias após a liberação do seu uso no transporte público. Na nova determinação, as autoridades sanitárias estaduais também recomendam que todos as prefeituras adotem o uso de máscaras em ônibus municipais. Na região, as cidades de Americana, Indaiatuba e Valinhos decidiram acatar a orientação do Estado e também decidiram obrigar o uso do equipamento de proteção dentro dos ônibus urbanos.

Em Campinas, o Comitê de Enfrentamento da Pandemia de Infecção Humana pelo Novo Coronavírus não obriga, mas recomenda "fortemente" o uso de máscaras no transporte público municipal. A orientação foi divulgada na última quartafeira, 23, que, além do transporte público, aconselha-se a utilização em veículos de transporte por aplicativos e locais com aglomeração de pessoas que contenha baixa ventilação.

O presidente da Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar, Sérgio Bisogni, disse que a quantidade de pessoas com doenças respiratórias, incluindo a covid-19, cresceu no último mês. A positividade nos testes de covid-19 realizados pela Rede está entre 25% a 30%, muito acima dos 6% registrados em outubro. "As crianças não chegam tanto com covid, mas sim com síndromes respiratórias graves. O número de procura continua alto, assim como de internação. É uma época que não esperávamos tanto e estamos alertas", destacou Bisogni.

Campinas voltou a registrar alta em internações - com destaque para pacientes que não tomaram vacina ou estão com doses de reforço em atraso - e casos positivos nas testagens nas redes pública e particular de saúde. Nesta sexta, voltou a ativar o hospital de campanha em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a Carlos Lourenço.

O Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde informa que há aumento de casos com subvariantes e que idosos e pessoas que possuem alguma comorbidade são os mais vulneráveis nas complicações da doença. "Circulam atualmente diversas subvariantes da variante Ômicron, ainda com predominância da subvariante BA.5 e crescimento progressivo da casos relacionados à subvariante BQ1. As internações referem-se principalmente a pacientes mais idosos e/ou com comorbidades/imunodeprimidos, mais vulneráveis a descompensações e complicações relacionadas à infecção pelo Sars-Cov-2, o que permite prever aumento de óbitos nas próximas semanas", diz nota do Conselho Gestor que também pede à população que recebam as doses de reforço das vacinas contra o coronavírus.

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