Alunos da rede municipal de Valinhos na sala de aula: no caso dos estudantes, recomendação foi reforçada (Gustavo Tilio)
Um dia depois do Comitê de Medidas de Vigilância em Saúde de São Paulo voltar a recomendar o uso de máscara em locais fechados para evitar o contágio da covid-19, Campinas confirmou uma reunião para hoje do Comitê Covid para reavaliar a necessidade e obrigatoriedade do uso do protetor facial em ambientes fechados. Atualmente, o uso é exigido, por exemplo, no transporte público e nas salas de aula. Outras cidades, como Valinhos e Sumaré, também anunciaram a volta da obrigatoriedade do protetor no ambiente escolar.
Em nota, divulgada na quarta-feira (1), a Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, por meio do Comitê Científico do Estado de São Paulo, "recomendou o retorno do uso de máscaras em estabelecimentos fechados sem caráter obrigatório, não modificando a legislação vigente em São Paulo da utilização apenas em ambientes hospitalares e no transporte coletivo". A medida foi anunciada devido ao aumento de casos e internações pela doença.
O uso deixou de ser obrigatório no Estado no dia 17 de março. Caberá aos municípios, agora, decidirem se mantém ou não a obrigatoriedade do protetor. O Estado registrou, até o dia 31 de maio, 5.511.939 casos confirmados.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde de Campinas, o tema da recomendação em locais fechados será debatido "na reunião do Comitê Covid de hoje para rever a necessidade de ampliar as restrições ou recomendações, conforme situação epidemiológica atual". Campinas, diferentemente do Estado, foi mais restritiva, e levando-se em consideração as demais doenças respiratórias comuns nesta época do ano, manteve a obrigatoriedade do protetor facial nos serviços de saúde, em ambientes fechados nas escolas, Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPIs) e no transporte público. O site oficial da Administração informava 215.583 casos de covid confirmados até o último dia 25.
Outras prefeituras, como Sumaré e Valinhos, também anunciaram na quarta-feira (1) a volta da obrigatoriedade da máscara no ambiente escolar. Em Sumaré, a medida abrange a rede pública e particular. Além disso, a administração orientou a retomada intensiva dos protocolos de segurança contra a doença devido ao aumento dos casos positivos dentro das unidades de ensino.
Segundo informações da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sumaré, os pais de alunos matriculados na rede municipal de ensino, incluindo as escolares particulares, estão sendo orientados quanto à retomada dos protocolos sanitários (álcool em gel na entrada, distanciamento e uso de máscaras de proteção nas unidades).
Por enquanto, há a orientação para unidades escolares e transporte coletivo. No entanto, durante a semana equipes da Saúde e outras secretarias, como a de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, avaliarão a necessidade de ampliação da medida. Sumaré registra 133.701 casos.
Em Valinhos, de acordo com a Portaria 11.217, a medida vale apenas para servidores públicos, estagiários e funcionários terceirizados da rede municipal. Para os alunos, o uso é apenas recomendação. Valinhos também confirmou na quarta-feira (1) um novo óbito e 60 novos casos positivados de covid-19 na cidade, totalizando 24.061 confirmados e 460 óbitos causados.
Já o comitê de enfrentamento à covid-19 em Indaiatuba vem se reunindo diariamente para acompanhar o avanço dos casos na cidade e na região, mas ainda não há uma decisão sobre a questão. As prefeituras de Hortolândia, Jaguariúna e Paulínia não se pronunciaram até as 16h de na quarta-feira (1).
Notificação
Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a taxa de positividade da doença apresentou, semanalmente, crescimento no mês de maio em todo o país. Nos laboratórios representados por ela, foram 47,8 mil exames, sendo que 17,6% positivos, na semana de 1º a 7 de maio; de 8 a 14, foram 65,1 mil, com positividade em 24%; e de 15 a 21 de maio, 62,5 mil exames, sendo 28,8% com diagnosticado para covid-19.
