VACINA CONTRA A COVID

Cidades da região de Campinas liberam 5ª dose para maiores de 60 debilitados

Campinas, Hortolândia, Santa Bárbara e Sumaré iniciam aplicação; horários estão publicados nos sites das prefeituras

Ronnie Romanini
03/06/2022 às 09:47.
Atualizado em 03/06/2022 às 09:47
Vale frisar que as pessoas pertencentes ao grupo elegível para vacinação precisam apresentar comprovação médica da imunossupressão (Kamá Ribeiro)

Vale frisar que as pessoas pertencentes ao grupo elegível para vacinação precisam apresentar comprovação médica da imunossupressão (Kamá Ribeiro)

Pessoas com 60 anos ou mais e que tenham alto grau de imunossupressão já podem receber a 5ª dose da vacina contra a covid-19 em algumas cidades da região. Os municípios de Campinas, Hortolândia, Santa Bárbara d'Oeste e Sumaré iniciaram a aplicação na quarta-feira, 1º de junho. Nestes locais, não é exigido agendamento, assim como em Americana, que iniciou ainda antes, no dia 31, terça. Já a cidade de Paulínia informou que a abertura do agendamento começa hoje, mas que a aplicação do reforço às pessoas que possuem baixa imunidade começará na próxima segunda (6). Os horários de aplicação em cada município podem ser encontrados nos sites oficiais das prefeituras. Vale frisar que as pessoas pertencentes ao grupo elegível para vacinação precisam apresentar comprovação médica da imunossupressão.

A ação acontece após a recomendação da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, do Ministério da Saúde, em nota técnica do dia 17 de maio. A orientação entrou no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 e fez com que a Secretaria Estadual de Saúde também incluísse a recomendação em um documento técnico e iniciasse a vacinação no Estado desde a segunda-feira (30). Para os imunossuprimidos, o esquema vacinal tem de ser feito com três doses, por isso essa é considerada a segunda de reforço. 

A dose deve ser aplicada depois de quatro meses (122 dias) da segunda dose adicional. Para a 5ª dose, o Ministério da Saúde recomenda a aplicação de qualquer uma das seguintes vacinas: AstraZeneca, Janssen e Pfizer. O Estado de São Paulo definiu que qualquer imunizante que esteja disponível pode ser utilizado.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde disse que a vacinação com o novo reforço foi iniciada conforme as definições do Ministério da Saúde e reiterou a importância da conclusão do esquema vacinal para garantir a proteção contra a covid-19. Além disso, a Pasta valorizou o fato de São Paulo ter aproximadamente 88% da população imunizada com duas doses, sendo o estado que mais vacina no Brasil.

O Secretário de Saúde de Paulínia, Fábio Alves, explicou a oferta da quinta dose aos idosos imunossuprimidos. "Os idosos, especialmente em faixas etárias mais avançadas e com alto grau de imunossupressão, podem apresentar uma redução da efetividade das vacinas contra a covid-19 devido ao envelhecimento natural do sistema imunológico. Consequentemente possuem maior risco de complicações da doença, casos graves e hospitalizações. É importante que este público receba mais um 'booster' para aumentar o título de anticorpos específicos e amplificar a resposta imune."

A coordenadora do Programa de Imunização de Campinas, Chaúla Vizelli, citou que alguns estudos demonstram a diminuição da resposta do sistema imunológico à imunização contra a covid-19 também acontece com o passar do tempo, portanto as doses adicionais indicadas são fundamentais para gerar resposta protetora mais adequada e reduzir os casos graves, internações e óbitos.

O Ministério da Saúde entende que pessoas com alto grau de imunossupressão são os que possuem imunodeficiência primária grave; os submetidos à quimioterapia; transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras; pessoas vivendo com HIV/AIDS; quem usa corticoides em doses de pelo menos 20mg/dia de prednisona, ou equivalente, por 14 dias; uso de drogas modificadoras da resposta imune; quem possui doenças autoinflamatórias e doenças intestinais inflamatórias; pacientes em hemodiálise e pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.

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