Campinas registra primeira vítima fatal da gripe em 2025

Campinas registrou a primeira morte por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo vírus da gripe este ano. A vítima é um homem de 65 anos. Ele morreu no dia 28 de março, de acordo com as informações publicadas. Ele possuía comorbidades, teve influenza A e foi atendido na rede privada. A vacinação contra a doença teve inicio na última segundafeira, dia 7. Em Campinas, o público-alvo para tomar o imunizante é de 509 mil pessoas, segundo estimativa mais recente do Ministério da Saúde. 

De 1º de janeiro até 31 de março, o município contabilizou 27 casos de SRAG por influenza e uma morte. No mesmo período do ano passado, foram contabilizados 34 casos e dois óbitos. Durante todo o ano passado, Campinas teve 341 pessoas com Síndrome Respiratória Aguda Grave. Foram 31 vítimas fatais.

A Secretaria Municipal de Saúde reforçou a importância da vacinação contra a gripe. O imunizante está disponível em quase todos os centros de saúde da cidade, com exceção do CS Centro, que aplica a vacina na Paróquia Divino Salvador, na Av. Júlio de Mesquita, Cambuí, e do CS Aurélia. Nesse último caso, a equipe do centro de saúde realiza a vacinação no Centro de Convivência e Cultura Armando Veloso. Basta levar documento com foto e a caderneta de vacinação (se tiver). Não é necessário agendamento.

Neste ano, a vacina protege contra as cepas A (H1N1 e H3N2) e B. O imunizante pode ser administrado junto com outros do Calendário de Vacinação. No caso das crianças vacinadas pela primeira vez, é preciso tomar duas doses, com intervalo de 30 dias.

“A vacina é segura e ajuda a preservar vidas. É a melhor forma de evitar sintomas graves e óbitos, além de reduzir a possibilidade de transmissão viral”, explicou a coordenadora do Programa de Imunização de Campinas, Chaúla Vizelli. 

A vacinação é direcionada para idosos (60 anos ou mais), crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas, pessoas com doenças crônicas, povos indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua, trabalhadores da saúde e da educação, profissionais das forças de segurança e salvamento, profissionais das Forças Armadas, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo, trabalhadores portuários, trabalhadores dos Correios, população e funcionários do sistema de privação de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

O médico infectologista da PUC-Campinas, André Bueno, reforçou que idosos e crianças estão mais suscetíveis a apresentar quadros mais graves da gripe, destacando que pessoas com comorbidades, “seja por alguma doença, imunossupressão ou por uso de medicamento, têm maior risco e devem se vacinar”.

CUIDADOS

Além da vacinação, há outros cuidados que devem ser tomados para evitar doenças respiratórias, principalmente nesta época do ano, como lavar as mãos frequentemente, manter os ambientes arejados e adotar a etiqueta respiratória, como cobrir a boca e nariz com um lenço de papel ao tossir ou espirrar, fazendo o descarte do material imediatamente após o uso. Em caso de sintomas, também é recomendado o uso de máscaras.

INÍCIO COM O PÉ DIREITO

No primeiro dia de vacinação contra a gripe em Campinas, a Secretaria de Saúde comemorou o bom comparecimento de público e destacou que o volume de pessoas superou as expectativas. Na Paróquia Divino Salvador, posto que contou com equipes do CS Centro, mais de 350 doses de vacina contra a gripe foram aplicadas até as 16h de segunda-feira, número considerado positivo e que representa mais da metade do total aplicado em toda a primeira semana da campanha de 2024, quando foram imunizadas 672 pessoas. No Centro de Convivência e Cultura, posto tocado pela equipe do Jardim Aurélia, foram 250 doses no mesmo período. Durante toda a primeira semana do ano passado foram 689 doses.

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