VACINA ATUALIZADA

Campinas recebe 5 mil doses da bivalente e normaliza estoque dos centros de saúde

Todas as unidades já estavam com o imunizante contra a covid-19 à disposição na tarde de quinta-feira

Isabella Macinatore/ [email protected]
19/01/2024 às 08:49.
Atualizado em 19/01/2024 às 08:49
‘Tomei todas as vacinas até o momento, essa é a minha sexta dose. Em todas as vezes, fui aos postos e garanti minha dose assim que ficava sabendo que as vacinas chegaram’, contou o psiquiatra Carlos Martinez; ele incentivou a população a procurar um centro de saúde e receber o imunizante, já que a vacina é ‘instrumento coletivo de saúde’ (Alessandro Torres)

‘Tomei todas as vacinas até o momento, essa é a minha sexta dose. Em todas as vezes, fui aos postos e garanti minha dose assim que ficava sabendo que as vacinas chegaram’, contou o psiquiatra Carlos Martinez; ele incentivou a população a procurar um centro de saúde e receber o imunizante, já que a vacina é ‘instrumento coletivo de saúde’ (Alessandro Torres)

Campinas recebeu uma remessa de 5 mil doses da vacina bivalente contra covid-19. O envio foi realizado pelo governo do Estado na última quarta-feira (17), representando um alívio para a administração municipal que enfrentava uma escassez de estoques devido a atrasos nas entregas previstas pelo Ministério da Saúde.

Todos os postos de saúde já haviam recebido as doses na quinta-feira (18) à tarde. A previsão anterior da Prefeitura era que os 67 centros de saúde da cidade estivessem completamente abastecidos até o final da tarde de hoje, mas a normalização ocorreu antes mesmo da data prevista.

Todas as unidades estavam orientadas a liberar a aplicação da vacina assim que as doses fossem recebidas. Na quarta-feira, quando ainda pouco mais de 60% dos postos de saúde estavam com o imunizante, foi possível encontrar quem estava procurando ser vacinado, como o psiquiatra Carlos Martinez.

“Além de estar no grupo prioritário, por ser da área da saúde, também estou entre o grupo prioritário por conta da minha idade, já que tenho 60 anos. Tomei todas as vacinas até o momento, essa é a minha sexta dose. Em todas as vezes, fui aos postos e garanti minha dose assim que ficava sabendo que as vacinas chegaram.”

Sobre o atendimento nos postos de saúde, Martinez destacou a importância da persistência por parte da população. "Sempre estive muito alerta em relação a isso e todas as vezes consegui acesso às doses sem problemas. O atendimento acaba demorando um pouquinho, mas como a vacina é um instrumento coletivo de saúde, e o centro de saúde atende um grande público, é importante que a população insista e aguarde por sua vez."

COBERTURA VACINAL

A nova entrega de doses da vacina bivalente representa não apenas um reforço no arsenal de combate à pandemia, mas também um alento para a população de Campinas, sinalizando a continuidade e o aprimoramento das ações de imunização.

Até dezembro do ano passado, aproximadamente 23,2% da população adulta acima de 18 anos em Campinas já havia recebido o reforço da vacina bivalente, totalizando 215 mil doses aplicadas. Dentre esse montante, destaca-se que 98,4 mil doses foram destinadas à população com 60 anos ou mais, alcançando uma cobertura estimada de 67,2% para essa faixa etária.

REGIÃO

Enquanto Campinas fortalece suas medidas de imunização, municípios vizinhos também estão em campanha de vacinação. Hortolândia, por exemplo, já dispõe da vacina bivalente em seus centros de saúde, demonstrando um comprometimento regional no enfrentamento da crise sanitária. Jaguariúna, por sua vez, ainda não reportou escassez da vacina, e Valinhos informa que todas as 14 Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão abastecidas com doses da vacina bivalente. Adicionalmente, Valinhos planeja retirar mais 720 doses do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) ainda nesta semana, intensificando suas ações de vacinação. Até o momento, o município já aplicou um total de 18.021 doses.

O público que pode receber a bivalente é composto por pessoas a partir dos 12 anos, a depender da situação vacinal.

VACINAÇÃO INFANTIL

A Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC) emitiu uma nota expressando preocupação com a pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 em crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses. Assinada pelo diretor científico, Antonio Condino Neto, e pela diretora do Departamento Científico de Pediatria, Silvia Helena Viesti Nogueira, ambos da SMCC, a nota ressalta que a pesquisa “gera insegurança e um convite à hesitação vacinal”.

A SMCC reafirmou que as vacinas disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações são um direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A análise da instituição é que a consulta endereçada aos médicos pelo CFM, solicitando a opinião individual de todos acerca da vacinação contra a covid-19 para crianças de 6 meses a 5 anos, pode gerar insegurança e hesitação vacinal.

A entidade reiterou que a vacinação nessa faixa etária possui uma base científica e epidemiológica sólida, assegurando eficácia e segurança, e destacou a importância do respeito aos direitos das crianças. Adicionalmente, a SMCC reafirmou na nota o seu compromisso em fornecer informações embasadas para a comunidade, promovendo a conscientização sobre a importância da vacinação infantil.

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