No início de junho o índice de positividade nos testes estava em 33,2%: tendência de queda deverá se manter (Ricardo Lima)
O mês de julho começou com uma leve queda na positividade dos testes de covid-19, nos atendimentos a sintomáticos respiratórios no SUS Municipal e nos casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Síndrome Gripal (SG) nas redes pública e privada. Durante a semana de 26 de junho a 2 de julho, 30,5% dos testes realizados detectaram a presença do vírus no paciente. Uma semana antes, o índice estava em 32,9%, enquanto no início de junho era 33,2%.
Nos atendimentos, que cresceram 23,73% na semana epidemiológica 25 - terminada em 25 de junho - a queda foi pequena, de 2,88%. A Secretaria de Saúde não divulgou os dados a seguir no boletim, mas os números da semana passada, de 3 a 9 de julho, indicam que a tendência de queda se manteve. De 13.623 atendimentos na semana retrasada, o número foi para 11.754 na semana seguinte, queda equivalente a 13,7%.
Em relação aos casos de SRAG e SG, o crescimento na semana epidemiológica 25 havia sido de 29,83%, chegando a 9.509 notificações. Na semana 26, finalizada em 2 de julho, a queda foi de 19,62%, com 7.643 atendimentos.
Internações
O boletim divulgado pela Secretaria de Saúde apontou que a quantidade de crianças e adultos internados em UTI por SRAG nas redes pública e privada aumentou. Eram 28 crianças hospitalizadas em 25 de junho e, uma semana depois, no dia 2 de julho, eram 41. Entre os adultos, o número de internações saiu de 49 para 57.
Questionada sobre os motivos para o aumento e se o fato faria com que a Prefeitura revisse a determinação anunciada de liberar o uso de máscaras em salas de aula após as férias escolares, a Secretaria de Saúde informou que a decisão poderá ser revertida ou mantida apenas em agosto. A Pasta também forneceu números atualizados referentes às hospitalizações em UTIs, mostrando que a tendência de aumento foi revertida, ao menos até este momento.
No domingo (10), 25 crianças - o menor número desde que o boletim semanal de monitoramento de síndromes respiratórias começou a ser divulgado - e 45 adultos estavam internados em UTI com SRAG.
Flexibilização das máscaras
No dia 23 de junho, a Secretaria de Saúde comunicou a decisão tomada um dia antes, em reunião do Comitê Municipal de Enfrentamento da Pandemia de Infecção Humana pelo novo Coronavírus (covid-19), de deixar de exigir o uso de máscaras nas escolas a partir das voltas às aulas. O motivo alegado foi justamente a estabilidade e até a queda nos números de casos e de internações por covid-19 e por SRAG em crianças. Além disso, agosto é conhecido por, historicamente, apresentar redução relevante nos casos respiratórios pelo fim do período de sazonalidade de circulação dos vírus.
Até o dia 4 de julho, data da última atualização do boletim de imunização, 60,8% da população infantil (de 5 a 11 anos) havia recebido ao menos uma dose da vacina contra a covid-19. Com as duas doses, eram menos da metade das crianças, 46,9%. Os adolescentes, de 12 a 17 anos, estavam com uma cobertura vacinal um pouco superior, mas distante do ideal. A primeira dose foi aplicada em 74% dos adolescentes e a segunda em 66%.
