RISCO ELEVADO

Campinas faz alerta de dengue para sete bairros

De outubro até a primeira metade de novembro foram 146 casos, 32,7% a mais que no mesmo período de 2022

Da Redação
05/12/2023 às 10:09.
Atualizado em 05/12/2023 às 15:55
Departamento de Vigilância em Saúde afirma que 80% dos criadouros estão dentro das residências; é necessário evitar água acumulada em latas, pneus, pratos de plantas e outros objetos (Kamá Ribeiro)

Departamento de Vigilância em Saúde afirma que 80% dos criadouros estão dentro das residências; é necessário evitar água acumulada em latas, pneus, pratos de plantas e outros objetos (Kamá Ribeiro)

A Secretaria de Saúde divulgou na tarde desta segundafeira, 4 de dezembro, um novo alerta sobre a dengue em Campinas. O documento informa que sete bairros estão com elevado risco de transmissão da doença causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti: Jardim Santo Antônio (Sudoeste), Jardim Eulina (Norte), Jardim Garcia e Vila Padre Manoel da Nóbrega (Noroeste), Mansões Santo Antônio (Leste), Jardim Esmeraldina e Jardim São José (Sul).

O objetivo do alerta é estimular a população para verificar e eliminar criadouros em casa. Entre 1º de janeiro e 28 de novembro deste ano foram confirmados 10.113 casos de dengue em Campinas. Duas pessoas morreram em decorrência da doença no primeiro semestre. O monitoramento de dados realizado pela Secretaria de Saúde indica que o total de casos registrados na cidade entre outubro e a primeira quinzena de novembro deste ano supera a quantidade do mesmo período de 2022, o que provoca preocupação. Neste intervalo, o número de registros confirmados foi de 110 para 146, o que significa alta de 32,7 %.

COMBATE À DOENÇA

A Prefeitura alerta que a luta contra as arboviroses exige uma contrapartida da sociedade. A Prefeitura mantém um programa de controle e prevenção da doença, mas cada cidadão precisa colaborar destinando corretamente resíduos e evitando criadouros. Levantamento do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) diz que 80% dos criadouros estão dentro das residências.

Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar acúmulo de água em latas, pneus, pratos de plantas e outros objetos. É importante, também, vedar a caixa d’água e manter fechados os vasos sanitários inutilizados.

ORIENTAÇÕES

A dengue provoca febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia. Caso tenha estes sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde de Campinas para receber atendimento médico. A orientação da Secretaria de Saúde para pacientes com sintomas da dengue é a busca pelos centros de saúde. Os endereços e horários de atendimento estão disponíveis no site da Pasta: portal.campinas.sp.gov.br/secretaria/saude/ pagina/centros-de-saude.

COMITÊ DE PREVENÇÃO

Em 2015, a Prefeitura de Campinas criou o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, que neste ano passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. O grupo conta com 14 secretarias: Secretarias Municipais de Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam a Defesa Civil, o Serviço 156, a Rede Mário Gatti, a Setec e a Sanasa.

No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, a partir disso, são desencadeadas as ações intersetoriais. A Prefeitura tem um site específico para obter todas as informações sobre o tema: dengue.campinas.sp.gov.br

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