No momento, o homem está isolado em casa e continua acompanhado por equipes de saúde
Doença é transmitida por contato direto ou indireto com as lesões de pele, contato próximo por tempo prolongado, por vias sexual e/ou respiratórias. (Agência Brasil)
Campinas confirmou ontem o primeiro caso de Monkeypox, também conhecida como Varíola dos Macacos ou Varíola Símia. A Secretaria Municipal de Saúde informou que a confirmação ocorreu na quinta-feira, sendo o paciente um homem de 31 anos, morador da região Norte. Segundo a pasta, o homem viajou para São Paulo, onde participou de eventos. Os sintomas começaram a aparecer no dia 21 de junho, mas o caso estava em investigação desde o dia 8, pois foi quando o paciente procurou atendimento na rede pública de Campinas.
No momento, o homem está isolado em casa e continua acompanhado por equipes de saúde. Algumas pessoas tiveram contato com o paciente e elas também estão sendo monitoradas, porém nenhuma delas apresentou qualquer sintoma.
A Secretaria alertou que as pessoas que tiverem um dos seguintes sintomas devem procurar um serviço médico e permanecer em isolamento: lesões semelhantes a espinhas ou bolhas no rosto, dentro da boca, mãos, pés, peitos, genitais ou ânus; caroço no pescoço, axila e virilhas; febre; dor de cabeça; calafrios; cansaço e dores musculares.
A doença costuma durar de duas a quatro semanas e é transmitida por contato direto ou indireto com as lesões de pele, contato próximo por tempo prolongado, contato sexual e por vias respiratórias. Especialistas pedem para que o nome da doença seja alterado, para evitar estigmatização. Além disso, outros animais, como roedores, seriam mais importantes na transmissão de animal para humano do que os macacos.
A região de Campinas tem agora quatro casos confirmados da Varíola Símia em cidades da região. No dia 11 de junho, Vinhedo registrou um caso - o segundo do Brasil. Ele esteve na Europa e já foi liberado do isolamento que cumpria em casa. Seus pais, que são os únicos que tiveram contato com ele, continuaram sendo acompanhados pelos agentes de saúde até o dia 29. Eles estavam assintomáticos e não precisaram ficar em isolamento, de acordo com a Prefeitura.
O segundo caso na região ocorreu em Indaiatuba e foi confirmado no dia 16 de junho, em um homem de 28 anos que também esteve na Europa. No dia 22, o segundo caso foi confirmado em um homem de 38 anos, parente do primeiro paciente notificado. Ambos estão bem e já saíram do isolamento.
Na quarta-feira, Valinhos informou que o Instituto Adolfo Lutz encaminhou o resultado que descarta a contaminação no caso até então suspeito de uma mulher com sintomas semelhantes. A análise feita detectou que a paciente está com varicela (catapora). Pela similaridade dos sintomas, foi necessário encaminhar o caso para os exames realizados no Instituto.
A Secretaria de Saúde deixou claro que a decisão da paciente em procurar o serviço de Saúde imediatamente foi correta e de acordo com as diretrizes determinadas em protocolo. Ela e os familiares estão bem.
Até sábado passado (9), 470 casos foram notificados no Brasil. Destes, 218 foram confirmados, 94 estavam sendo investigados e 158 foram descartados. São Paulo era o estado com mais casos, 158, seguido por Rio de Janeiro (33) e Minas Gerais (14). Não há registro de óbitos.