SÉRIA A

Santos faz outro jogo sofrível e só empata com Náutico

Os últimos jogos mostram que o Santos é um time sem rumo

Agência Estado
26/10/2012 às 07:18.
Atualizado em 26/04/2022 às 19:31

Era uma partida talhada para Neymar brilhar, mas ele falhou pela segunda vez seguida. O Santos conseguiu reeditar a péssima atuação da derrota para a Ponte Preta e só empatou com o Náutico por 0 a 0, nesta quinta-feira, na Vila Belmiro (o Náutico ainda perdeu um pênalti), pela 33.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O placar deixa os dois no meio da tabela de classificação (43 pontos para os santistas e 42 para os pernambucanos), sem perspectivas e sem medo do rebaixamento.

Os últimos jogos mostram que o Santos é um time sem rumo. As saídas de Paulo Henrique Ganso, Elano, Alan Kardec e Borges transformaram o time em uma nota só: a genialidade de Neymar. Quando ele não brilha, o time murcha. “Não me sinto sozinho. Eu estava orientando os companheiros para aproveitar os espaços”, disse Neymar, explicando os gestos constantes que fez ao longo do jogo para os santistas.

A fraca atuação se explica, em grande parte, pela atuação dos marcadores. Elicarlos, Souza e Martinez se revezavam - ou se uniam - para parar o craque com eficiência, sem bicudas. Os companheiros deixaram Neymar falando sozinho sim. Apagado, Pato Rodríguez saiu no início do segundo tempo, André se comportou como reserva de Miralles e Felipe Anderson só promete.

O técnico Muricy Ramalho escalou três jogadores mais adiantados para alargar a defesa do Náutico. Na prática, a teoria foi outra. A bola não chegava porque os homens do meio tocavam a bola com uma lentidão suprema, que virou preguiça em vários lances.

O futebol do primeiro tempo foi proporcional às pretensões das duas equipes: correr atrás de pontinhos para garantir matematicamente a fuga do rebaixamento. Para não deixar a lista dos melhores momentos do Santos em branco, vale um registro para o chute de longe de Neymar, com o pé esquerdo que morreu nas mãos de Gideão.

O Náutico entrou com seu quarto uniforme - verde água -, com referências tímidas ao vermelho tradicional. Seu futebol também foi assim, alternando momentos pálidos, com outros vivos, vermelhos. Aos 32 minutos, o melhor de todos eles. Rhayner lançou Rogério, que driblou Gerson Magrão e foi derrubado na área. Pênalti. Displicente, Kieza chutou no pé da trave esquerda de Rafael.

Na segunda etapa, aos 21 minutos, finalmente um grande lance. André escora e Bernardo tenta duas vezes e Gideão defende em ambas as chances. O locutor se lembra de Rodolfo Rodríguez. Exagero. Aos 38, no último suspiro do futebol moribundo, Bruno Rodrigo cruza e André chega atrasado. Foi um jogo de erros e eles são cronicamente inviáveis. Times sem rumo também.

FICHA TÉCNICA

SANTOS 0 x 0 NÁUTICO

SANTOS - Rafael; Rafael Galhardo (Bill), Bruno Rodrigo, Durval e Gerson Magrão; Adriano (Henrique), Arouca e Felipe Anderson; Pato Rodríguez (Bernardo), André e Neymar. Técnico: Muricy Ramalho.

NÁUTICO - Gideão; Patric, Alemão, Jean Rolt e Douglas Santos (João Paulo); Souza (Josa), Elicarlos, Martinez e Rhayner; Rogério (Kim) e Kieza. Técnico: Alexandre Gallo.

CARTÕES AMARELOS - Felipe Anderson e Gerson Magrão (Santos); Martinez, Patric e Alemão (Náutico).

ÁRBITRO - Fabrício Neves Correa (RS).

RENDA - R$ 98.080,00.

PÚBLICO - 6.225 pagantes.

LOCAL - Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP).

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