A unidade do Campo Grande atenderá também os pacientes do Ouro Verde, que reúne 240 mil habitantes
A estimativa é que a nova unidade reduzirá o tempo de socorro em 30 minutos ( César Rodrigues/ AAN)
A Prefeitura de Campinas entregou nesta terça-feira (7) a primeira unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) descentralizada, na região do Campo Grande, no Parque Valença, que prevê reduzir o tempo de atendimento para a região. O projeto ainda abrirá duas outras unidades — no Ouro Verde e Taquaral — também com o objetivo de facilitar o atendimento. No Campo Grande, a ideia é reduzir em 30 minutos o chamado “tempo-resposta”, que é o período entre a ligação e o socorro chegar ao local solicitado. O motivo é que as ambulâncias do Samu ficavam na região central da cidade e perdia-se tempo com o deslocamento. A sede da corporação fica entre a Avenida Aquidabã e a Rua Marechal Carmona, no Centro. Outras unidades As outras duas unidades devem ser abertas ainda nesse semestre. A construção das bases descentralizadas é reivindicada há mais de cinco anos pela diretoria do Samu e funcionários, por não haver local para descanso e refeitório nas regiões mais afastadas da cidade. São 250 funcionários, entre eles 30 médicos. Com a inauguração das novas bases, cada imóvel abrigará pelo menos quatro ambulâncias básicas e uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Na unidade do Campo Grande, serão 24 funcionários. Eles foram alocados da base que já fazia a região, mas agora terão sede própria. A princípio, a unidade do Campo Grande atenderá também os pacientes do Ouro Verde, que reúne 140 bairros e 240 mil habitantes. Já o Campo Grande inclui 90 bairros e tem população aproximada de 190 mil habitantes. Distrito O prefeito Jonas Donizette (PSB) afirmou que a unidade é o primeiro projeto para consolidar o Campo Grande como distrito de Campinas. Os projetos de lei que criam os distritos estão em tramitação ainda na Câmara dos Vereadores. “O imóvel é bem localizado, próximo a avenida, o que agiliza o atendimento. Um minuto pode fazer a diferença entre salvar ou perder uma vida”, disse. O médico emergencista José Roberto Hansen, coordenador do Samu 192 Campinas, afirmou que os funcionários trabalharão em turnos de 12 pessoas cada. “Em uma cidade como essa, a região atendida é quase metade da população. Então hoje teremos agilidade e conforto para os funcionários. A base também está de acordo com o que preconiza o Ministério da Saúde”, afirmou. De acordo com ele, casos de risco imediato terão um “tempo-resposta” menor do que 10 minutos. Dos 180 chamados diários que o Samu recebe, em média, por dia, cerca de 40% são da região do Campo Grande e Ouro Verde.