Salários atrasados voltam a assombrar o Guarani

O pensamento e o planejamento do Guarani já estão quase todos voltados para 2014, mas a preocupação com o que acontece na reta final da atual temporada é necessária. Ainda sem a concretização de uma solução para a grave crise financeira que vive, o Bugre volta a ser assombrado por um fantasma que tanto tem atormentado o clube nos últimos anos: os salários atrasados. Jogadores e funcionários estão sem receber e a diretoria tenta encontrar alternativas para resolver este problema ainda em 2013. Sem poder antecipar qualquer verba da Federação Paulista, o alviverde corre atrás de patrocínios para viabilizar essa questão.A situação mais crítica diz respeito ao quadro de funcionários. Os atrasos, em alguns casos, já chegam a quatro meses, período semelhante ao vivido em 2011, na gestão de Leonel Martins de Oliveira. No caso dos atletas, são dois meses sem pagamento, mesmo após uma redução significativa na folha salarial em comparação com elencos recentes. O presidente Álvaro Negrão lamenta a situação, mas reitera a confiança em solucionar tudo. “Isso incomoda muito. Em 30 anos como comerciante, nunca atrasei salário de nenhum funcionário. Estamos procurando solucionar esses problemas para não deixar nenhum buraco”, destaca.Outra preocupação é o possível risco de novos processos trabalhistas. Para que isso não aconteça, o clube tem se reunido com os jogadores dispensados e buscado acordos para evitar ações na Justiça. “Todos têm seus direitos. Nos preocupamos muito com o salário dos funcionários, mas também tem os jogadores. Fizemos acordos, eles aceitaram e agora vamos buscar acertar tudo”, projeta Negrão.PATROCÍNIOA expectativa é de que tudo o que está pendente seja pago até o final do ano. Por isso, a diretoria concentra esforços em adquirir patrocínios e parceiros que auxiliem nesse sentido e permitam que o clube inicie a nova temporada de maneira mais tranquila. “Estamos conversando e buscando alguns patrocinadores para ter condições de pagar tudo o que falta. Ainda não temos uma previsão de quando vamos conseguir, mas a expectativa é até o final do ano”, salienta o presidente. “Vamos buscar acertar tudo para que o Guarani comece 2014 sem nenhum problema relacionado a salários”.