ESPAÇO GOURMERT

Salada de quinoa

Dos Andes: Considerada um alimento completo, semente é rica em fibra e importante fonte de nutrientes

24/02/2013 às 05:00.
Atualizado em 26/04/2022 às 03:46

Não faz milagres, mas é uma santa de virtudes

Quem, afinal, não quer rejuvenescer? A indústria da beleza reconhece que esse é um desejo de quase todos e não para. Nos últimos tempos, tem havido uma busca sem fim por fórmulas mágicas embriagadas em promessas e por produtos novos, infalíveis e poderosos, para resolver nossos problemas estéticos. 

Vamos lembrar alguns mais recentes? O suco de berinjela crua teve sua chance, mas foi seguido pela farinha da casca de maracujá. Aí entrou em voga aquela infeliz ração humana, logo ofuscada pelo óleo de coco e, depois, pelo do abacate. Agora, as vedetes são a quinoa (ou quinua) e seus amigos conterrâneos chia e amaranto, sementes originárias da região andina.

Os nutricionistas não muito sérios, aqueles eufóricos adeptos de malabarismos com soluções sensacionais, deitam e rolam, dando a esses alimentos proporções maiores do que as reais. Passados o espetáculo, a euforia e os efeitos sugestivos e psicológicos, como o milagre não veio, eles caem no esquecimento.

Modismos dietéticos à parte, vou sair em defesa da quinoa. Mas vamos deixar claro que, mesmo considerada dádiva e sagrada pelas pré-civilizações de Colômbia, Peru e Chile por ser um dos mais importantes alimentos de suas dietas por mais de 6 mil anos, ela não tem qualquer poder natural ou autorização divina para emagrecer as pessoas.

A quinoa, como encontramos aqui, é a semente de uma planta parente do espinafre (é um pseudo-cereal) e comporta dezenas de qualidades que lhe conferem o status de alimento completo. Como todo produto rico em fibras, absorve líquidos e se expande quando ingerida, reduzindo o apetite e provocando sensação de saciedade. Daí seu uso em dietas.

É uma importante fonte de proteínas, ferro, lipídios, cálcio, magnésio e potássio. Nela ainda foram identificados 20 tipos de aminoácidos funcionais essenciais que o corpo humano não produz, mas extrai de diferentes fontes.

E tem mais: dá um banho em qualquer outro alimento no quesito ômegas 3 e 6, gorduras do bem, e tem mais do que o dobro da quantidade proteica do trigo, do arroz, da cevada e da aveia. Pensa que acabou? Que nada! As qualidades dela não param por aí.

Tanto é que a Academia de Ciências dos Estados Unidos não vacilou em dar à quinoa altas credenciais e qualificá-la como o ingrediente vegetal mais completo para consumo humano, superior até mesmo aos de origem animal – seu valor nutritivo é comparado ao do leite materno.

A partir dessas pesquisas, a semente andina foi selecionada entre centenas de vegetais e cereais para integrar a alimentação de astronautas em voos espaciais de longa duração. A quinoa não é milagrosa, mas, com certeza, é uma sementinha abençoada por Deus. Vamos cozinhar!

Grãos, flocos e farinha

 

Mesmo sendo pouco comum na dieta dos brasileiros, não são necessárias longas caminhadas às lojas de produtos naturais ou orgânicos para encontrar a quinoa – ela está disponível até em supermercados, geralmente em embalagens com 250g. É vendida na forma de grãos, flocos, farinha e até em barrinhas de cereais.

A farinha é recomendada para complementar receitas de pães, bolos, massas e tortas, enquanto os flocos são consumidos com sucos, frutas e derivados de leite como o iogurte e a coalhada.

Os grãos in natura possuem sabor muito acre e podem substituir o arroz ou serem agregados a ele (1 ou 2 colheres de sopa) durante o cozimento. Cozidos, são usados em saladas, cuscuz ou misturados a legumes cozidos e sopas.

Mesmo com todas as excelentes qualidades e os benefícios nutricionais, a quinoa deve ser consumida com moderação, mesmo porque seu preço ainda é alto. O quilo custa cerca de R$ 40.

INGREDIENTES

 

160g de quinoa em grãos

1 cebola roxa, média, cortada em fatias finíssimas

1 cenoura média em tiras finíssimas

2 pepinos japonês (só a casca, a parte verde; descarte o miolo branco) em tiras finas e longas

8 minitomates vermelhinhos cortados ao meio

½ xícara (chá) de alho-poró em rodelas finas e transparentes

1 macinho de miniagrião lavadinho

2 pés de minialface roxa lavadinhos

1 escarola frise pequena e lavada

Suco de 1 limão, 30ml de aceto balsâmico, 50ml de azeite extravirgem, sal e pimenta-do-reino a gosto

MODO DE PREPARO 

 

Lavo os grãos de quinoa em água quente e escorro. Coloco para cozinhar, em fogo médio, com 400ml de água quente, durante 15 minutos ou até os grãos ficarem macios. Escorro o excesso de água e levo à geladeira.

Com um mandoline ou uma faca bem afiada, corto a cenoura em tiras finas e longas, passo-as por água fervente por 2 minutos, escorro e reservo na geladeira.

Ainda com o mandoline ou a faca, obtenho tiras longas e finas dos pepinos, salgo levemente e reservo em um escorredor por 10 ou 15 minutos para que sue e elimine o excesso de água.

Escolho uma travessa de vidro ou louça e nela faço uma saia com as folhas, intercalando um pouco de cada variedade.

Em outra vasilha, misturo delicadamente a quinoa cozida, a cenoura, o alho-poró, o pepino, a cebola e os tomatinhos.

Amalgamo tudo com carinho e acomodo, gentilmente, por cima das verduras. Misturo o suco do limão, o aceto balsâmico, o azeite, o sal e a pimenta e distribuo por cima da salada. Aí, é só decorar e servir.

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