Não há coisa mais estressante do que começar uma viagem enfrentando filas quilométricas e saguões abarrotados de gente. Isso quando o voo não atrasa e você tem de ficar sentado (ou em pé) esperando o embarque. São momentos como estes que a gente dá valor a uma sala VIP. Normalmente, para ter direito à esta regalia, é preciso voar nas classes executiva ou primeira. Para este tipo de passageiro, o conforto começa logo na chegada ao aeroporto. A fila para o check-in é exclusiva e o limite de bagagens é quase o dobro da econômica. Isso sem falar nas refeições e no conforto a bordo. Mas antes de pegar o avião, quem viaja na executiva e primeira classes é convidado a esperar o voo nas salas VIP. Tudo é bem diferente da realidade que se passa no saguão. Poltronas confortáveis, conexão rápida e grátis com a internet, lanchinhos à vontade, café, sucos, entre outras regalias. No ano passado, quando viajei para o México, fui convidado a conhecer a sala VIP da maior companhia daquele país. Fiquei surpreso com o lugar, que tinha além de todo conforto que descrevi, banheiros individuais com duchas. As refeições são assinadas por um chef que permanece na sala cuidando da qualidade e um sommelier com dicas para quem vai provar de algum dos vinhos do cardápio oferecido pela companhia aérea. Fazer parte deste mundo não é exclusivo para quem paga o dobro ou mais para viajar. Normalmente, o portão de acesso para a sala VIP são os cartões de crédito. Muitas administradoras possibilitam a um cliente fidelizado o acesso, desde que em troca, tenham um limite razoável e gastem bem. Mas para quem pensa que é fácil, tire o cavalo da chuva. Entrar neste mundinho seleto demanda tempo, gastos e, principalmente, ser fiel a uma bandeira (do cartão). Normalmente não se entra assim logo no primeiro cartão adquirido, mas na relação que o cliente desenvolve com a administradora. Dependendo dos gastos, um upgrade no tipo de cartão (para platina ou acima) é feito e o cliente é convidado a ter acesso a muitas regalias, uma delas a sala VIP. Vale a pena? Claro que vale, principalmente para quem viaja e gasta bastante. Upgrades são bons também, porque propiciam mais pontos nos programas de fidelidade e aceleram a troca por produtos e até mesmo passagens.