De "encostado" na reserva, o zagueiro passou a exercer papel de líder com a chegada de Carpegiani
A vitória diante do Náutico no sábado (06) teve efeito imediato no reformulado grupo da Ponte Preta. Mas, às vésperas de mais uma importante partida, ninguém quer saber de comodismo. E ninguém melhor do que o zagueiro Diego Sacoman, que ganhou a vaga de Cleber na zaga da Macaca, para falar em nome do elenco antes do duelo de quarta-feira (10), às 19h30, contra o Nacional-AM, pela Copa do Brasil, no Moisés Lucarelli.
Sacoman foi o porta-voz do técnico Paulo César Carpegiani nos 3 a 0 diante dos pernambucanos: além de abrir o caminho para a primeira vitória da equipe no Brasileiro e literalmente inaugurar o placar da Arena Pernambuco na competição, o defensor parece ter conquistado a confiança dos colegas ao levar para o jogo o discurso sério e exigente do novo treinador. De “encostado” na reserva, passou a exercer papel de líder. “A minha importância no time é defender e ajudar a equipe lá atrás. Mas é claro que, se tiver oportunidade, eu vou querer marcar”. Sobre a suposta liderança, ele desconversa: “Todos no time devem conversar durante o jogo. Comigo não é diferente”, garante.
Sacoman é sério também quando o assunto é vaidade. Apesar de ter entrado na história do moderno estádio de Recife, construído para a disputa da Copa do Mundo de 2014, ele diz nem ter lembrado de ter sido o primeiro jogador a balançar as redes da nova agora casa oficial do Timbu no Brasileiro. “Eu nunca me importei com essas coisas. Eu fico feliz muito mais em poder ter ajudado a Ponte ganhar do que ter feito o primeiro gol. Isso não vai fazer diferença no campeonato”, reitera.
Sacoman deve ser novamente escalado na quarta, no primeiro de dois duelos contra a equipe amazonense, apesar de o técnico ainda não saber se vale à pena levar todos os titulares para evitar desgaste físico — a recuperação no Brasileiro deve ser a prioridade máxima da equipe.
DÚVIDA
Se vencer o Nacional e avançar na Copa do Brasil, a Ponte Preta automanticamente perderá a chance de disputar a Copa Sul-Americana pela primeira vez em sua história — desejo revelado abertamente pela diretoria do clube. Mas tirar o pé e “entregar” a vitória nem passa pela cabeça do zagueiro. “Para nós não chegou nada. É nosso nome que está ali dentro e não dá para fazer uma coisa dessas”.