O clima tranquilo que imperava antes do jogo de ida das semifinais da Copa Sul-Americana terminou por volta das 20h40, assim que São Paulo e Ponte Preta se aproximaram do Morumbi. Mesmo chegando no exato momento do clube mandante, o ônibus da Macaca, o "Gorilão", foi alvo do vandalismo dos torcedores adversários. Os tricolores, que se concentravam em grande número no portão de entrada, atiraram pedras, paus e latinhas, segundo integrantes da diretoria alvinegra. Na descida do ônibus, os jogadores - muito concentrados - falaram pouco. Coube ao gerente de futebol, Marcus Vinícius, fazer um desabafo e reclamar demais da recepção dos são-paulinos. "Jogaram pau, pedra, nem sei se não quebrou algum vidro do ônibus. Aí depois vem falar que a torcida da Ponte que é violenta", reclamou, fazendo questão de colocar a responsabilidade sobre Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo. "É Juvenal, mas deveria ser "Juvenil" Juvêncio. Ele que fala bobagem e incita a violência", completou. Segundo Marcão, os jogadores estarão com "sangue nos olhos" durante a partida. "O time tá empolgado e estamos botando pilha. Tem que respeitar, a Ponte tem história, camisa. Estou revoltado, eu já não gostava do São Paulo, agora não gosto mais ainda". Ciente da dificuldade da partida, o cartola garantiu que não faltará entrega. "Vamos dar a vida aqui. Tudo se resolve lá dentro de campo. A gente tem que jogar e classificar. Tudo que tiver que fazer pra eliminar o São Paulo, vamos fazer", concluiu.