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RMC tem 9 cidades entre as 100 melhores do Brasil

Índice de Desenvolvimento Humano em todo o bloco avançou 43% em 20 anos

Luciana Félix
30/07/2013 às 08:24.
Atualizado em 25/04/2022 às 07:14
Na Região Metropolitana de Campinas, Valinhos teve o maior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal; cidade é a 12ª colocada entre os 5.565 municípios de todo o País ( Cedoc/RAC)

Na Região Metropolitana de Campinas, Valinhos teve o maior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal; cidade é a 12ª colocada entre os 5.565 municípios de todo o País ( Cedoc/RAC)

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) das 19 cidades que formam a Região Metropolitana de Campinas (RMC) avançou 43% em 20 anos. O dado foi divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O órgão fez o levantamento entre os anos de 1991 e 2010. No período, a taxa média da região passou de 0,541 para 0,775, ou seja, na classificação da instituição passou de “baixa” para “alta”. A medição vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de um, melhor. No Estado, o índice alcançado foi de 0,783. O levantamento coloca ainda nove cidades da RMC no ranking dos cem melhores municípios para se viver entre os 5.565 do País.A melhor colocada na região foi a cidade de Valinhos que ficou na 12 colocação nacional com índice 0,819. Na sequência vem Vinhedo com 0,817 (13), Americana, 0,811 (19) e Campinas, 0,805 (28). O índice de Campinas foi o mesmo que o de São Paulo, Porto Alegre e São Bernardo do Campo. A cidade que encabeça o ranking é São Caetano do Sul, no ABC, com IDHM 0,862.É a terceira vez que o órgão da ONU realiza o levantamento sobre a situação nos municípios do País. O índice é composto por três variáveis do desenvolvimento humano: educação, saúde e renda de cada município. O levantamento foi batizado de Atlas Brasil de 2013, e o índice foi calculado com base nos dados do Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No atlas de 2003, as informações são do censo de 2000, e para 1998, a base de dados foi a de 1991. No entanto, neste ano, o Pnud mudou os critérios de aferição do índice, e atualizou os dados dessas duas pesquisas anteriores com base nesses novos critérios. BrasilNo geral, a classificação do IDHM do Brasil mudou de “muito baixo” (0,493 em 1991) para “alto” (0,727), que aponta um crescimento de 47%, acima da alta da RMC. “Pouquíssimos municípios retrocederam nesses 20 anos. Até registramos, mas é porque são muito pequenos e não tiveram investimentos nesses setores analisados”, afirmou Marco Aurélio Costa, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que participou do estudo.Ele explicou que, pelo novo índice, dos três subíndices a educação foi a responsável por reduzir o desempenho das cidades na pesquisa. “Não podemos comparar os subíndices entre si, mas percebemos que, por mais que tenha havido melhorias nesses anos para elevar as médias, o setor educacional foi o que mais avançou nesses anos, embora tenha a pior marcação. Saímos de um patamar muito baixo e isso mostra o esforço que o País fez na área”, explicou.Ele continuou: “A gente ainda não está bem. O IDHM Educação é o que menos contribuiu e onde temos os maiores desafios para superar, mas sou otimista e acredito que a perspectiva é favorável. Sabemos que hoje em dia com todo esse avanço da tecnologia a capacidade de lidar com esses equipamentos só tende a melhorar essa área”, afirmou. No geral, no ano de 1991, a educação tinha um índice 0,279, e pulou para 0,637 em 2010.Ainda segundo o pesquisador, a expectativa de vida da população ao nascer é a área na qual o Brasil apresenta melhor pontuação. “É o único componente que está na faixa classificada pela pesquisa como um IDHM ‘muito alto’, quando o índice ultrapassa 0,800.” O IDHM Longevidade era de 0,662 em 1991, de 0,727 em 2000 e de 0,816 hoje.Já a renda mensal per capita saltou 14,2% no período, o que corresponde a um ganho de R$ 346,31 em 20 anos. Um número que exemplifica o novo cenário é a quantidade de municípios de IDHM “muito baixo”. Em 1991, eram 85%. Hoje, são apenas 0,6%.

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