Ao todo, mais de 25,5 mil pessoas ainda não retiraram o dinheiro que têm direito na Caixa
O brasileiro reclama que está com o bolso apertado por causa de dívidas e da inflação, mas muita gente ignora solenemente uma bela ajuda, que poderia aliviar a situação — e que está à disposição sem custo algum.
Milhares de trabalhadores da Região Metropolitana de Campinas (RMC) que têm direito ao abono salarial e aos rendimentos anuais referentes ao Programa de Integração Social (PIS) e ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) simplesmente não aparecem nas agências da Caixa Econômica Federal (CEF) para retirar seu dinheiro.
Um levantamento feito pelo banco mostra que, até o mês passado, ainda havia R$ 37,06 milhões que não foram sacados. E quem não aparecer até 28 de junho perde o direito ao recurso — o dinheiro volta para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e não pode mais ser sacado.
O valor do abono é de um salário mínimo federal (R$ 678,00) — dinheiro suficiente para ajudar a quitar dívidas ou, para quem não tem esse problema, adquirir o tão sonhado tablet.
Modelos das fabricantes CCE e Philco, por exemplo, custam entre R$ 360,00 e R$ 460,00. Ou seja, dá para comprar e ainda sobra algum dinheiro no bolso.
De acordo com a Caixa, o calendário de pagamentos dos dois benefícios, que começou em agosto e termina nofinal de junho, previa um montante de R$ 199,32 milhões para 320.348 trabalhadores.
Até meados de abril, 294.879 trabalhadores haviam resgatado um total de R$ 181,47 milhões. O balanço do mês anterior mostrava o pagamento de R$ 15,53 milhões para 297.879 beneficiados.
Ao todo, mais de 25,5 mil pessoas ainda não retiraram seu dinheiro. Para saber se tem direito ao abono, o trabalhador pode consultar o site da Caixa e conferir as regras de pagamento do benefício. O calendário de pagamentos é montado conforme a data de aniversário do beneficiado.