Para quem, assim como os cariocas, aprecia arte, a Cidade Maravilhosa tem uma série de opções culturais
Palomo, obra da paraense Berna Reale, faz parte da exposição Vazio de Nós, que mostra cinco performances em vídeo da artista e que tem visitação aberta até o dia 8 de dezembro no Museu de Arte do Rio ( Divulgação)
“O Rio de Janeiro continua lindo. O Rio de Janeiro continua sendo, o Rio de Janeiro, fevereiro e março...”. Gilberto Gil está mais do que certo. O Rio é sempre um destino turístico interessante, tanto para quem curte baladas e agitos noturnos, quanto para quem prefere passar o dia na praia ou em atividades mais tranquilas, como um passeio pelo Jardim Botânico, uma visita a museus ou ao eternizado cartão postal, Pão de Açúcar. Para quem, assim como os cariocas, aprecia arte, o Museu de Arte do Rio (MAR), no Centro, inaugurado em março deste ano, é uma das âncoras culturais do complexo Porto Maravilha, que inclui ainda a Escola do Olhar, que atende professores e recebe visitantes.O complexo tem 15 mil metros quadrados de construção e oito salas de exposição, duas para cada mostra. Dois prédios vizinhos, e de estilos arquitetônicos totalmente diferentes — o Palacete D. João VI, inaugurado em 1916 e tombado pelo município em 2010; e um prédio modernista, originalmente um terminal rodoviário — foram unidos por uma cobertura ondulada de cimento, que virou um mirante.Pelo fluxo de visitação proposto, o público entra no Museu pela Escola do Olhar (prédio antigo), de onde acessa a rampa que leva ao prédio de exposições, começando pelo terceiro andar, com exposição temática permanente dedicada à cidade do Rio de Janeiro.Atualmente, está em cartaz neste piso a mostra ImagináRio, um apanhado de pinturas, gravuras, desenhos, fotografias, esculturas, mapas, vídeos, instalações e objetos que retratam a história e paisagem da cidade, com curadoria de Paulo Herkenhoff. Até 31 de março de 2014.Nos demais pavimentos, o público pode conferir as exposições Retrospectiva Xavier Le Roy, uma exposição coreográfica, na qual performers realizam ações que promovem experiências distintas sobre como usamos, consumimos ou produzimos tempo. São três composições acionadas simultaneamente: a duração de cada visitante na obra; a duração do trabalho diário de cada performer; e o aprofundamento das ações ao longo da duração total da mostra (até 10/1)1, Vazio de Nós, com performances em vídeo da artista Berna Reale (até 8/12); e Turvações Estratigráficas, arte contemporânea do paulistano radicado em Fortaleza (CE), Yuri Firmeza.Vazio de Nós é a primeira individual de Berna Reale no Rio. A artista usa a violência como temática para sua obra. Em Turvações, Firmeza apresenta uma instalação composta por vídeos, objetos e pinturas para tratar da relação da memória com os dias atuais. O artista aproveita objetos encontrados durante as obras do MAR, além de destroços oriundos das remoções efetuadas na região portuária do Rio de Janeiro, fazendo um trabalho de arqueologia moderna. (até 8/12).