Em muitas instalações onde acontecem as provas se repetem as imagens de cadeiras sem público, o que está sendo uma preocupação para os organizadores
O caso mais humilhante para o Rio é o do Estádio Olímpico, com capacidade para 60 mil pessoas e que na terça-feira (16) ficou somente um terço cheio na parte da noite (Antonin Thuillier/France Press)
A organização dos Jogos Rio-2016 insistiu, nesta quarta-feira (17), que não aumentou o número de ingressos vendidos para os diferentes eventos da competição e que, se as arquibancadas de muitos estádio estão vazias, é apenas porque as pessoas que compraram as entradas não apareceram. Em muitas instalações onde acontecem as provas do Rio-2016 se repetem as imagens de cadeiras vazias, o que está sendo uma preocupação para os organizadores, sobretudo porque não existem ingressos à venda na página oficial dos Jogos. O caso mais humilhante para o Rio é o do Estádio Olímpico, com capacidade para 60 mil pessoas e que na terça-feira (16) ficou somente um terço cheio na parte da noite, quando aconteceram as finais dos 110m com barreiras e do salto em altura masculinos e os 1.500m femininos. "Vendemos 53.282 ingressos para ontem (terça) no Estádio Olímpico", declarou nesta quarta o diretor de comunicações do Rio-2016, Mário Andrada, sem especificar se esse número era para a parte da noite ou se incluía também a sessão diurna. "Lançamos mensagens, temos duas histórias em português na internet para comemorar e apoiar os atletas", explicou Andrada. "Compreendemos que isso preocupe especialmente os atletas, que necessitam de mais público para ajudá-los a melhorar seu rendimento", acrescentou. Andrada admitiu que "obviamente é um problema para os donos de direitos e para os difusores" que transmitem as imagens para todo o mundo. O problema se deve "à falta de comparecimento, o que estamos investigando, e segundo as primeiras conclusões, não houve um grande número de entradas revendidas". Andrada informou também que a polícia confiscou "12 mil entradas" que estavam sendo oferecidas nos arredores do Parque Olímpico a fim de frear a revenda. "Estamos preocupados, mas estamos fazendo o melhor possível para que esses problemas não afetem os Jogos mais do que já afetaram", concluiu Andrada.