Agora em nível nacional, a cidade é reconhecida como polo de atuação na área médica
O pediatra Ramiro Alves: especialidade é que tem mais médicos na cidade (Sergio Masson)
A pesquisa da Demografia Médica no Brasil confirmou o levantamento do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), no início do ano. São Paulo, com 110,4 mil médicos especialistas e generalistas, é o Estado com o maior número de profissionais de saúde no País e Ribeirão Preto e região têm papel importante neste cenário.
O estudo, que apontou o perfil e a característica dos médicos brasileiros, foi feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e divulgado no final da manhã de ontem, em Brasília. “Ribeirão Preto entra no perfil de cidades com estrutura de grandes capitais. É um lugar com médicos em quantidade suficiente para atender a população e a demanda local e regional”, afirmou Desiré Callegari, 1º secretário do CFM.
De acordo com dados da Diretoria Regional de Saúde XIII, que compreende 26 cidades da região, há pouco mais de 4,2 mil médicos, uma média de 3,17 médicos a cada mil habitantes. Considerando apenas Ribeirão Preto, há mais de 3,5 mil médicos trabalhando na cidade —média ainda maior, de 5,93 profissionais para cada mil pessoas. A mesma média no Estado de São Paulo chega a 2,55.
Na região de Ribeirão Preto, a especialidade mais encontrada é a da pediatria, que conta com 332 representantes catalogados. Formado na USP de Ribeirão, em 1970, o pediatra Ramiro Alves, 66 anos, destaca a qualidade do ensino médico na cidade para justificar os números da pesquisa. “O nível nosso é muito bom se compararmos com a realidade brasileira. Para ajudar ainda mais, na minha área nós temos um departamento de pediatria na USP que é referência internacional.”
CENTRALIZADO
A pesquisa do CFM apontou ainda que o número total de médicos no Brasil chega a pouco mais de 388 mil.
Atrás do Estado de São Paulo estão o Rio de Janeiro (58,7 mil profissionais) e Minas Gerais (40,4 mil). “O levantamento constatou que 72% dos médicos estão atuando na região Sudeste. Isso mostra que ainda existe o problema da má distribuição dos médicos pelas demais regiões”, ressaltou Callegari.