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Ribeirão-pretano já pagou R$ 871 em impostos no ano

Valor arrecadado desde janeiro na cidade seria suficiente para construir 15,1 mil casas populares

Luís Fernando Manzoli
luis.manzoli@gazetaderibeirao.com.br
16/04/2013 às 13:07.
Atualizado em 25/04/2022 às 20:08

Nesta terça-feira (16), quando o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atingir R$ 500 bilhões pagos por todos os brasileiros em impostos federais, estaduais e municipais desde o início do ano, a ferramenta marcará R$ 531.787.813,14 em Ribeirão Preto no mesmo período.

Isso significa que cada morador da cidade pagou, aproximadamente, R$ 871 em impostos no ano. Em 2012, esse valor só foi alcançado no dia 2/5, ou seja, 17 dias mais tarde na comparação entre os dois períodos.

Considerando o período de abril de 2005 (quando o Impostômetro começou a funcionar) até esta terça-feira, em Ribeirão Preto já foram pagos R$ 8,8 trilhões em impostos.

Mais que a grandeza dos números, é interessante notar o que seria possível fazer com o dinheiro – e que acaba não sendo realizado pelos governos. Com os R$ 531,7 milhões pagos em impostos em Ribeirão no ano, daria para construir 15.194 casas populares, 1.846 unidades de saúde, 11.079 postos policiais ou 38.535 salas de aula (todas devidamente equipadas).

Também seria possível contratar 33.03 novos policiais e 39.867 professores. Para efeitos de comparação, nos quatro anos do primeiro ano do governo Dárcy Vera (PSD), foram construídas 11 unidades de saúde (entre reformas, ampliações e conclusão de obras de gestões anteriores), 3,6 mil unidades habitacionais e 22 escolas.

O presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, alerta que a arrecadação tributária no Brasil permanece desenfreada. “A soma do montante de impostos arrecadados no País desde o lançamento do painel, de 2005 até agora, é assustadora, e ainda não sabemos para onde vai nosso dinheiro”, disse.

Para Fred Guimarães, economista da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), o problema, além da destinação incorreta do dinheiro, é a injustiça na arrecadação. “Quem mais paga é a população, que ganha menos, enquanto grandes empresas e bancos não contribuem na mesma proporção”, afirmou.

CONSCIÊNCIA

A noção dos gastos do cidadão com os impostos deve mudar um pouco a partir de 10 de junho deste ano, quando entra em vigor a lei federal que obriga empresas a discriminarem os valores pagos em impostos na nota fiscal dos produtos. “Com isso, cada pessoa vai saber o quanto é seu gasto individual com os impostos. Vai mudar a consciência, e cada um vai poder cobrar mais dos governantes”, disse Fred Guimarães.

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