Comportamento

Revival oitentinha

Mostra convida a uma viagem pelos personagens e pelos acontecimentos marcantes dessa década que ainda desperta paixões em muita gente

Daniela Nucci
daniela.nucci@rac.com.br
16/09/2017 às 20:08.
Atualizado em 22/04/2022 às 18:27

(Carlos Sousa Ramos/AAN)

Nascidos, criados ou apaixonados pela década de 80, festejai. Até o dia 30 de setembro, o Galleria Shopping, em Campinas, recebe a exposição De Volta aos Anos 80, um passeio por ícones da época. Com sete áreas temáticas e entrada gratuita, a mostra convida a um resgate de lembranças e vem ao encontro de uma recente valorização da década, que é tida como “perdida”, mas que tem muitos fãs fiéis espalhados por aí. Caso do DJ César Fabiano Machia, de 47 anos, que coleciona vinis desde a adolescência e soma 800 discos. “Muitas pessoas gostam de relembrar essa época porque as músicas eram inovadoras e as bandas que inovavam se destacavam. Ninguém queria se parecer com ninguém e, por isso, havia muita criatividade. Hoje em dia, as músicas parecem cópias umas das outras, com sonoridades semelhantes, pois existe o medo de não agradar e de não fazer sucesso”, avalia. O gosto pela música e o vasto acervo permitem a Machia traçar um panorama do som dos anos 80. “Só tínhamos músicas se comprássemos discos e fitas ou, em último caso, se gravássemos das FMs. A disco music sofria uma queda nas vendas, dando espaço ao rock new wave, que impulsionou bandas nacionais como Gang 90 e As Absurdetes, Absynto, Ultraje a Rigor, Kid Abelha e Legião Urbana”, recorda ele, que também lembra das novidades. “Eram sonoridades novas do rock com influências da música eletrônica, e bandas como A-Ha, Sigue Sigue Sputnik, New Order, Duran Duran, Stevie Miller Band e Soft Cell abusavam de baterias, efeitos de vocais e teclados eletrônicos misturados com guitarras e instrumentos clássicos”, pontua. Outro apaixonado pela década de 80 é o designer gráfico Renato Rocha, de 44 anos, que tem em casa vários vinis, filmes e brinquedos. Em sua coleção tem Cubo Mágico, Mega Drive, miniaturas e bonecos de Star Wars, gibis da Turma da Mônica, microfone da Xuxa (aquele que tinha penugem amarela), pelúcias do Horácio da Turma da Mônica e do Jack de O Estranho Mundo de Jack. “Brinquei até eles não funcionarem mais e agora tento preservá-los ao máximo”, conta. Na opinião dele, o relançamento de brinquedos clássicos (veja quadro ao final da reportagem) é importante para o desenvolvimento das crianças de hoje. “Acredito que eles estimulavam muito nossa criatividade e sinto falta disso atualmente, em que tudo se resume a smartphones e tablets”, defende Rocha, que ainda destaca a mãozinha que essas diversões podem dar para a relação pais-filhos. “Qual é o pai que não gostaria de brincar com o Genius com seu filho? Qualquer um!”, diz.

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