EDITORIAL

Revitalização de praças e a cidadania

Os espaços públicos devem ser projetados sempre na perspectiva de atender às necessidades das comunidades, oferecendo espaço de circulação, opções de lazer e descanso, além de construir um ambiente agradável e salutar.

21/10/2013 às 05:00.
Atualizado em 26/04/2022 às 06:03

Os espaços públicos devem ser projetados sempre na perspectiva de atender às necessidades das comunidades, oferecendo espaço de circulação, opções de lazer e descanso, além de construir um ambiente agradável e salutar. Neste contexto, as praças sempre significaram um instrumento de socialização, de qualidade de vida das pessoas e de preservação de áreas de uso comum, desde que voltadas para o bem-estar.Dentre as preocupações mais urgentes das administrações municipais, a manutenção de praças e logradouros públicos parece não ter merecido a devida importância. É visível a degradação das praças, que deixam de cumprir sua função social e se tornam em montes de lixo, mato crescido, bichos e insetos, além de abrigo de marginais e moradores de rua. Muitas das praças de Campinas são proibitivas para os moradores das redondezas e nem se cogita que os brinquedos disponibilizados tenham mínima condição de segurança para serem utilizados.A Prefeitura de Campinas finalmente colocou prioridade na restauração de praças e monumentos públicos e anuncia um programa de revitalização constante. Nestes primeiros meses da Administração, 60 praças já foram restauradas (Correio Popular, 20/10, A6). É um alento que a paisagem urbana possa ser modificada além da maquiagem oportunista de alguns pontos da área central, onde é maior o fluxo de pessoas. As praças e monumentos não se prestam exclusivamente a dar a impressão de que a Administração está preocupada em mostrar uma cidade bonita, como foi argumento recente, mas cumprir importante meta urbanística e levar à população o que ela realmente tem direito. Da mesma forma, os monumentos são preitos de memória a fatos e personagens que merecem ser reconhecidos e estudados.É também uma medida de bom senso aperfeiçoar a legislação que permite a adoção de praças públicas por empresas. O plano existente não satisfaz, tanto que das 300 contratações, cem foram desfeitas por falta de atenção das empresas adotantes. É preciso criar estímulos e vantagens, partilhando a responsabilidade de manutenção das áreas, mas oferecendo contrapartidas como isenções de tributos e taxas. Aliar esforços e investimentos resulta em benefícios para todos os envolvidos, especialmente em setores onde a desatenção tem um alto custo a ser debitado no padrão de qualidade de vida da população. É uma questão de autoestima e segurança, acima de tudo.

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