IMPASSE

Reunião de Correios e funcionários termina sem acordo

A direção dos Correios considerou "impraticáveis" as demandas dos sindicalistas

Agência Estado
12/09/2013 às 21:03.
Atualizado em 26/04/2022 às 02:14
 Cerca de 250 trabalhadores dos Correios fizeram uma manifestação no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo cobrando reposição salarial (Agência Brasil)

Cerca de 250 trabalhadores dos Correios fizeram uma manifestação no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo cobrando reposição salarial (Agência Brasil)

Terminou em impasse nesta quinta-feira (12), uma reunião entre os Correios e representantes dos trabalhadores da empresa para negociar a volta ao trabalho dos funcionários que permanecem em greve. A direção da empresa considerou "impraticáveis" as demandas dos sindicalistas, que esperam a adesão de novos Estados nesta sexta (13) e apostam em greve nacional a partir de terça-feira (17). Os funcionários pedem reajuste de 20% e manutenção do plano de saúde. Os Correios apresentaram uma proposta de aumento de 5 27%. Cruzaram os braços trabalhadores dos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Tocantins e Rondônia, além de Bauru e da Grande São Paulo. Sindicatos de Pernambuco, Paraíba, São José do Rio Preto e Santos tinham assembleia marcada esta noite, com o intuito de decidir se continuam trabalhando ou não. "O pessoal que faz mais a adesão é operacional", afirmou José Rivaldo da Silva, secretário de Finanças da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect). "Não existe a possibilidade de manter um porcentual trabalhando, porque a empresa é muito grande e continua funcionando." Em nota, a direção dos Correios informou que 93,3% dos funcionários compareceram ao trabalho nesta quinta, um efetivo de 116.165 pessoas. Os dados foram coletados, segundo a empresa, no sistema de ponto. A estatal disse, ainda, que o impacto do reajuste pretendido pelos sindicatos equivale ao pagamento de 50 meses de salário de todos os funcionários: R$ 31,4 bilhões. "Entre 2003 e 2012, o ganho real dos trabalhadores dos Correios foi de 36,91%, acima da inflação do período", diz a nota. "Hoje, a empresa paga em média uma remuneração de R$ 2.149,72 aos carteiros (...) A ECT destina atualmente 65% de sua receita de vendas ao pagamento dos salários, benefícios e encargos." A Calculadora do Cidadão, mantida pelo Banco Central na internet mostra que o índice oficial de inflação do País variou 76,6% entre 2003 e 2012. Segundo os Correios, a paralisação pode provocar atrasos nos serviços de Sedex, e-Sedex, PAC e malote quando originários das localidades onde há greve. Já os serviços de Sedex 10, Sedex 12, Sedex hoje, e-Sedex prioritário, e-Sedex Express e Sedex Mundi, além do disque coleta e da logística reversa domiciliária, estão suspensos quando a origem ou o destino forem os locais afetados pela ação dos sindicatos.

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