OPINIÃO

Renan Calheiros e Lei Seca

Correio do Leitor
leitor@rac.com.br
06/02/2013 às 05:00.
Atualizado em 26/04/2022 às 05:36

Tragédia no Sul 1

João Hambruck Filho

Administrador, Campinas

Essa tragédia em Santa Maria (RS) ainda nos causa comoção, pois é coisa recente. E as tragédias do Bauteau Mouche, as enchentes do Litoral fluminense e Santana do Parnaíba, dos prédios que ruíram no Centro do Rio de Janeiro, e mais algumas que não me lembro, como estão? Essa, como aquelas, depois que aconteceram, foram prometidas providências. Quais providências já foram tomadas? É sempre assim, depois das tragédias, vêm sempre os blá-blá-blás. Passado um tempo, fica só a saudade, a dor e a esperança de Justica.

Tragédia no Sul 2

Washington S. Castro

Aposentado, Campinas

Muitos já comentaram sobre esse assunto que abalou o Brasil, apresentando toda sorte de comoções possíveis. Em complementação, só tenho a dizer que essa tragédia terrível não teria acontecido se a vistoria do estabelecimento tivesse sido feita no dia da festa, antes dela começar. Qualquer bombeiro iria perceber que a estrutura era imprópria para aquela quantidade prevista de pessoas. Além disso, essa forma de vistoria somente pode ser realizada por profissionais da área de segurança. Espero que a morte desses jovens tenha sensibilizado os prefeitos de todos os municípios para que providências possam ser tomadas para evitar que esse tipo de desgraça venha novamente acontecer.

Tragédia no Sul 3

Marco Landucci

Advogado, Campinas

As tragédias no Brasil deveriam ser didáticas, mas raramente o são. A prática contumaz do desprezo às leis, do “jeitinho brasileiro”, da Lei de Gerson e da corrupção desenfreada são a gênese de cada uma delas.

Tragédia no Sul 4

Jayme de Almeida Rocha Netto

Aposentado, Campinas

A tragédia de Santa Maria não foi uma fatalidade. Era uma ocorrência previsível. Só não foi previsível para a Prefeitura e para os bombeiros. Depois da desgraça, começa o jogo de empurra-empurra na procura dos responsáveis. Donos da boate, promotores do evento e a gurizada da banda têm culpa, mas não são os únicos. Os verdadeiros responsáveis por essa tragédia são aqueles que permitiram que aquela “arapuca” funcionasse. Tivessem interditado o estabelecimento na abertura, nada disso teria acontecido. A segurança da sociedade civil depende do poder público. Se a coisa não funciona, ficamos expostos às tragédias. Aquilo não era divertimento, era uma panela de pressão pronta a explodir. Explodiu por incêndio. Poderia ter explodido por tumulto, briga e correria.

Tragédia no Sul 5

José Drumond de Oliveira

Comerciário, Recife

Sobre o calor e o clamor dos tristes acontecimen-

tos em Santa Maria (RS), autoridades se acendem a fiscalizar, no estopim do Carnaval, as casas noturnas no Brasil. Quiçá essas ações não sejam só mais um faz de conta ou um fogo de palha! Infelizmente, nossas autoridades adoram agir sobre cinzas e carvão, e não na prevenção. Esfumaçam hoje o malfeito de ontem. Agora, seria o tempo de se fiscalizar, principalmente o comércio geral. Que a lei seja o extintor rigoroso abrandando, senão extinguindo, as labaredas da impunidade em culpados e coniventes. Ou vamos esperar que as lágrimas sejam, ainda, tantas quanto sejam capazes de apagar as dores causadas pela irresponsabilidade?

Tragédia no Sul 6

Ana Terezinha de Paula Cortezia

Diretora de escola, Campinas

Fiquei muito emocionada com o texto de Marcelo Pereira noCorreiode domingo. É isso mesmo que acontece com as mães! Ficam sempre em vigília! Tive três filhos. Perdi um deles em 2008, assassinado friamente em uma fazenda de Minas Gerais. Até hoje o assassino está em liberdade por ser “primário”, mesmo tendo sido preso em flagrante. Sempre fiquei atenta para a chegada dos três quando saíam para as baladas, com medo da violência. (...) Muito oportuno seu alerta aos jovens para que ouçam seus pais! Eles sabem do que estão falando e o que querem para seus filhos! (...)

Homenagem

Paulo Pedro da Silva

Radialista aposentado, Campinas

Busco neste espaço democrático do nosso Correio Popular, um veículo para externar meu mais profundo sentimento pelo falecimento do empresário José Manuel Alves, o Léo, um dos sócios-proprietários do tradicional Giovannetti. Quero destacar que ausentou-se de nós um homem extremamente bom e solidário, a quem devo a vida por ter sido levado, às suas expensas, pois sou pobre, a um hospital onde fiz delicada cirurgia. O que não foi, aliás, uma atitude isolada, pois sei de muitas outras pessoas que foram ajudadas pelo Léo nas mesmas condições. É um registro que faço para o conhecimento de todos, pois o empresário, em vida, ajudava os necessitados anonimamente.

Renan Calheiros 1

José Antonio Jorge

Teólogo, Campinas

A nossa política segue uma trilha incompreensível aos países de primeiro mundo. Um homem acusado pelo Supremo Tribunal Federal de peculato, falsidade ideológica, desvio de dinheiro público e uso de notas frias foi alcandorado ao posto de presidente do Senado, de onde renunciou há cinco anos justamente por causa de acusações de malversação do erário. Sem o menor constrangimento ou pudor, tanto o PT quanto o PMDB deram apoio total a essa eleição que conspurca a história deste País e serve de mau exemplo aos jovens que aprendem que a impunidade, a falta de ética e moral são uma constante na vida pública brasileira.

Renan Calheiros 2

Danilo Negreti

Bibliotecário, Campinas

Até quando vamos aceitar a corrupção como marca de nosso País? Até quando vamos aceitar o que os políticos fazem com nosso País? Nós dizemos não, mas o voto secreto diz sim. Nós queremos um basta, mas não vamos às ruas. Nós queremos mudanças, mas que alguém vá e mude. Será que meus filhos serão o futuro do País? Será que nosso País tem futuro? Como um delegado da Polícia Federal me disse: “nós investigamos, mas são eles que fazem as leis que os libertam”. Como diz a música de Gabriel Pensador. “Até quando vai levando porrada? Até quando vai ficar sem fazer nada”?

Lei Seca

Pedro Tauil Filho

Administrador, Campinas

Incrível a facilidade com que o governo determina a tolerância zero para o consumo do álcool. Bastou uma assinatura! Os bons estarão pagando pelos 23% dos bêbados que provocaram e mataram pessoas. Os 77%, que na sua maioria bebe socialmente, em almoços, jantares etc., terão de beber água, pois uma latinha de cerveja já prejudica. Fico no aguardo de novas grandes decisões de parte do governo. Prender de imediato todos os bandidos, ladrões e assassinos, reduzir idade para 15 anos dos menores infratores, acabar com o tráfico de entorpecentes e, por último, criar um centro de recuperação para todos os viciados.

Lei Seca

Mário Giannini Filho

Profissional liberal, Campinas

Apesar de excessivamente rígida, a Lei Seca deve ser aplicada sem exceções. No entanto, ela está sendo utilizada pela mídia, para promoção não sei de quem, apenas nas saídas de bares à noite. Por que também não a aplicam durante o dia, na Rodovia D.Pedro I, imediações do Ceasa, ou na Rodovia Bandeirantes, onde a maior parte dos acidentes é causada por caminhões e ônibus?

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