COMBUSTÍVEL

Relação etanol/gasolina cedeu para 69,99%, diz Fipe

Entre 70% e 70,50%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque

Agência Estado
17/05/2013 às 13:12.
Atualizado em 25/04/2022 às 15:39
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reiterou nesta terça-feira, 3, que o governo não cogita "no momento" um reajuste da gasolina (Agência Brasil)

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reiterou nesta terça-feira, 3, que o governo não cogita "no momento" um reajuste da gasolina (Agência Brasil)

Abastecer o carro com etanol pode estar voltando a ficar vantajoso na cidade de São Paulo, de acordo com dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A relação entre o preço do etanol e o da gasolina diminuiu e ficou em 69 99% na segunda semana de maio, contra 71,66% na leitura anterior.

Segundo Rafael Costa Lima, economista e coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação dos paulistanos, é a primeira vez desde a quarta semana de fevereiro que a taxa fica menor do que 70%, marca que serve como parâmetro para balizar qual combustível vale mais a pena na hora de abastecer o carro. Na última semana de fevereiro, a relação ficou em 69,82%.

Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina. Entre 70% e 70,50%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.

Na avaliação de Costa Lima, a redução na relação etanol/gasolina pode indicar que a nova colheita de cana, que começou a ser processada em abril, já está chegando ao mercado. "Dá sinais de que isso está acontecendo, o que poderá deixar o preço do etanol mais vantajoso", disse, ao comentar também a alta de 0,21% no IPC da segunda quadrissemana de maio (de 16 de março a 15 de abril).

No IPC, o preço do etanol desacelerou na passagem da primeira para a segunda quadrissemana do mês (de 0,18% para 0,07%). Já o da gasolina passou para o campo negativo, com queda de 0,04%, contra alta de 0,05% anteriormente.

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