A Região Metropolitana de Campina (RMC) irá receber o reforço de mais 41 médicos com diploma estrangeiro contratados pelo governo federal por meio do Programa Mais Médicos. Entre as nove cidades contempladas na segunda fase do programa estão Campinas, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré. Nesta segunda etapa, o programa distribuirá 2.167 médicos estrangeiros para 783 municípios brasileiros. O Estado de São Paulo contará com um reforço de 276 profissionais. Eles chegaram ao Estado no último final de semana e passarão por um novo treinamento durante esta semana. “Esses médicos que chegam a São Paulo já terão, na próxima semana, registros para atender a população. É o atendimento médico chegando mais rápido com o registro emitido pelo Ministério da Saúde”, disse o ministro Alexandre Padilha. Segundo o Ministério da Saúde, a escolha priorizou os municípios que têm a maior parcela da população dependente do Sistema Único de Saúde (SUS) e as que têm o maior percentual da população em situação de pobreza. Os novos profissionais começarão a atuar a partir do dia 4 de novembro. Na RMC, algumas cidades que já haviam sido contempladas na primeira fase do programa, que destinou 13 médicos aos municípios da região, voltaram a ser incluídas na lista do ministério (Indaiatuba, Americana, Campinas e Itatiba). Das 19 cidades da RMC, seis continuam sem receber o reforço da União (Cosmópolis, Holambra, Jaguariúna, Paulínia, Valinhos e Vinhedo). A cidade que receberá o maior número de profissionais da segunda fase é Campinas, que contará com o reforço de 13 profissionais. O secretário de Saúde do município, Carmino de Souza, informou que a Administração ainda não foi oficialmente notificada sobre o reforço, mas disse que os profissionais devem começar a atuar a partir da próxima semana. Campinas, Hortolândia e Sumaré são cidades que enfrentam problemas graves com a falta de médicos. A vinda do reforço irá ajudar a amenizar os problemas nas unidades básicas. Por causa do feriado do Dia do Servidor, ontem, representantes da maioria das prefeituras da região não foram localizadas para falar sobre o assunto. O Ministério da Saúde afirmou que os profissionais foram avaliados por três semanas por universidades federais, que testaram seus conhecimentos em língua portuguesa e nos protocolos de atenção básica do SUS. Antes de começarem a atender, os médicos ainda estudarão, durante uma semana, os problemas de saúde mais comuns de cada região e conhecerão a rede de saúde de cada município. Na primeira etapa do programa, o governo federal destacou 42 profissionais para a RMC, mas apenas 13 confirmaram o interesse em atuar nas cidades para onde foram alocados. Eles começarão a trabalhar a partir de hoje, por causa de uma demora na emissão das licenças. Os novos médicos que atuarão na RMC começarão a trabalhar no dia 4 porque a medida provisória que criou o programa determina que cabe ao Ministério da Saúde emitir as autorizações especiais provisórias para que médicos estrangeiros, ou brasileiros formados no Exterior, atuem no Brasil, exclusivamente no âmbito do Mais Médicos. Na semana passada já receberam este aval os 680 médicos da primeira fase do programa em todo o País, entre eles 196 que ainda não tinham obtido registro provisório junto aos conselhos regionais de medicina. Na segunda etapa, a emissão já ocorrerá diretamente pelo Ministério da Saúde. Com o documento, os médicos com diplomas do Exterior ficam aptos a exercer a medicina por três anos. Durante esse período, não poderão atender em qualquer unidade de saúde que não aquela para que foi designado pelo programa. DistribuiçãoO Nordeste é a região que receberá o maior número de profissionais, 928. Em seguida, vêm o Sudeste (517), o Norte (358), o Sul (244) e o Centro-Oeste (120). Com os novos médicos, a cobertura do programa passará de 5 milhões para 13 milhões de brasileiros atendidos, conforme o Ministério da Saúde. Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Os municípios são responsáveis por garantir alimentação e moradia aos profissionais, e o ministério paga o salário (R$ 10 mil). “Enquanto houver brasileiros sem médicos, nós vamos trazer médicos do programa. Queremos atender toda a demanda da população”, disse o ministro Alexandre Padilha.FeriadoTreze médicos contratados por meio do programa do governo federal Mais Médicos devem começar a trabalhar em centros de saúde de sete cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) a partir desta terça-feira (29). Eles foram autorizados a atuar na sexta-feira passada, quando o registro temporário de 656 profissionais de todo o País foi publicado no “Diário Oficial da União”. Além do feriado do Dia do Servidor, comemorado ontem, as prefeituras precisam ainda confeccionar carimbos e jalecos para que os profissionais comecem a trabalhar. Os médicos chegaram às cidades no fim de setembro, mas um impasse entre o Ministério da Saúde e os conselhos regionais de medicina impediu que eles começassem a trabalhar. O registro temporário só foi liberado após lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT), que transferiu para o Ministério da Saúde a incumbência de conceder os registros aos médicos que têm diploma do Exterior. Em Campinas, um casal de médicos brasileiros formados no Exterior irá começar a trabalhar nesta terça-feira (29) nos CS Fernanda e CS Campo Belo. Pedreira e Santo Antonio de Posse, que receberam como reforço duas médicas cubanas, também devem contar a partir de hoje com o reforço. 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