CAMPINAS

Região Nordeste discute criação de distrito

Marita Siqueira
marita.siqueira@rac.com.br
17/02/2014 às 10:08.
Atualizado em 24/04/2022 às 17:44

Lideranças da região do Campo Grande (Noroeste) em Campinas se reuniram no domingo (16), no Parque Valença, para dar início às discussões sobre o plebiscito que, em 5 de outubro (juntamente com o primeiro turno das eleições), vai definir se a área será transformada ou não em distrito municipal.A realização da consulta popular foi aprovada em dezembro de 2013 pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e inclui também a região do Ouro Verde (Sudoeste) no processo. Efetivamente, o encontro serviu para definir as datas das próximas reuniões: 23 de março, 25 de maio, 27 de julho e 21 de setembro.O processo para transformar as duas áreas em distritos tramita há quatro anos e teve início com a coleta das assinaturas de 1% do eleitorado em cerca de 200 bairros daquelas regiões. Segundo o presidente do Conselho Regional das Associações Comunitárias do Campo Grande (Coregran), Raimundo Miranda dos Santos, a ideia de descentralização surgiu em 1998. “A ideia surgiu porque tomamos conhecimento de uma pesquisa da secretaria de Planejamento que indicava um crescimento populacional muito grande no Campo Grande e no Ouro Verde. A previsão estimava 6,5% por ano”, diz.Santos diz que, na época haviam 45 bairros na região, sendo 18 legalizados e 27 núcleos habitacionais com população de 35 mil pessoas. No Ouro Verde, havia 80 bairros e 65 mil habitantes. Portanto, em dez anos, a populações das duas regiões atingiria 190 mil, caso a estimativa se comprovasse. “Isso nos alarmou, porque se já não tinha assistência antes, como ficaria depois desse crescimento?”, diz Santos. A mobilização deu passos tímidos e somente em 2011 foi assinado um decreto legislativo encabeçado pelo vereador Rafa Zimbaldi (PP). ControvérsiaA proposta divide opiniões nas regiões. Os favoráveis à criação dos distritos alegam autonomia, que resultaria em melhorias como a instalação de cartório, Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) e a criação de orçamento próprio. Os contrários à mudança argumentam que, caso os distritos sejam criados, as novas subprefeituras vão se transformar em “cabides” de empregos.Dia da VotaçãoCom a realização do plebiscito no mesmo dia das eleições, não haverá custo à Justiça Eleitoral ou ao Município. Quando o eleitor entrar na cabine de votação para escolha do presidente, governador e deputados, ele verá a opção de votar a favor ou contra a criação do distrito. O TRE-SP não confirma, mas a expectativa de que participarão do plebiscito somente os moradores que votam nas zonas eleitorais dentro dessas duas regiões, que somam cerca de 400 mil pessoas. Dessa forma, o restante da população de Campinas não participaria da decisão.

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