Levantamento mostra quanto consumidor paga pela refeição na região; valor médio fica em R$ 35,33
Apreferência por verduras e legumes teve um aumento de 69%, segundo a pequisa da Assert ( Antonio Trivelin/Gazeta de Piracicaba )
Há seis anos, a assistente de projetos Thais Helena Zanin, 30 anos, almoça fora de casa todos os dias. O fato de morar sozinha, a distância entre o trabalho e sua residência, além dos poucos 60 minutos destinados à refeição contribuíram para a sua opção. A má notícia é que nos últimos meses, ela notou aumento de aproximadamente 15% no valor do prato. Segundo estudo realizado pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), os consumidores da região de Piracicaba estão entre os que pagam mais caro para almoçar fora de casa no Brasil. A área de Campinas é a terceira com o maior custo médio da refeição completa com prato, bebida, sobremesa e café de São Paulo e a oitava no cenário nacional: R$ 35,33. Preço superior à média da capital do Estado e da região Sudeste, que atingiram R$ 33,67 e R$ 30,29, respectivamente.Thais gasta, em média, R$ 10 diários apenas com o prato. Os restaurantes self service são os mais frequentados pela assistente de projetos pro causa do preço e também a variedade e qualidade da comida. "Às vezes, almoço à la carte para variar, mas na maioria das vezes o prato por quilo é a opção. O ponto positivo é que consigo fazer uma alimentação saudável e acessível", conta.PesquisaOs dados detalham os custos médios ofertados nos sistemas comercial, autosserviço, executivo e à la carte. No Brasil, o valor médio da refeição foi de R$ 30,14. De acordo com o levantamento, as variações regionais foram de R$ 28,20 (Sul) a R$ 31,44 (Centro-Oeste). A pesquisa da Assert apontou que na região de Piracicaba o preço médio da refeição comercial foi de R$ 21,82. O custo de comer em autosserviço foi de R$ 24,34. O valor médio do executivo foi de R$ 41,70 e o à la carte saía por R$ 53,47.Para que o valor não pese no orçamento mensal, Thais se planeja. Principalmente porque na empresa em que trabalha é fornecido o vale alimentação - que deve ser utilizado em supermercados. Consequentemente, os almoços são pagos em dinheiro.A cidade com o valor mais caro para o trabalhador almoçar no país é Belo Horizonte, cujo preço médio da refeição é de R$ 37,71. O levantamento da entidade, realizado em parceria com o Instituto Datafolha, focou os estabelecimentos que aceitam vales e tíquetes refeições.Segundo a assessoria da entidade, o levantamento é feito uma vez por ano, mas, desta vez, utilizou metodologia diferente, o que impede comparar dados com o estudo anterior. Entre os dias 1º de novembro de 5 de dezembro de 2013 foram feitas 4.681 entrevistas e obtidos 5.580 preços médios de pratos.Santos, segundo a pesquisa, tem o comercial mais caro das cidades do interior de São Paulo, com médios R$ 24,48.PreocupaçãoA pesquisa da Assert revela também que o trabalhador brasileiro está mais preocupado com sua alimentação. Conforme o levantamento, o consumo de frutas nos restaurantes consultados cresceu 61% no ano passado. No caso das verduras e legumes, houve aumento de 69%. Já a preferência por sucos naturais subiu 70%."E uma das conclusões mais interessantes é que 82% dos estabelecimentos associam a alimentação saudável a saladas", diz Artur Almeida, presidente da Assert. "Já a preocupação com a oferta de produtos frescos e bem escolhidos é um quesito praticamente unânime, porque atinge 94% dos entrevistados", completa. Ainda segundo a pesquisa, as refeições mais baratas também oferecem opção mais equilibrada do ponto de vista nutricional. Trata-se de prato típico, em que a mistura feijão com arroz, rica nutricionalmente, se constitui em sua base essencial, com algum tipo de carne (bife, frango, filé de peixe) e salada. Veja também Campinas é a 8ª mais cara para almoçar fora Trabalhador campineiro gasta em média R$ 35,33 com uma refeição completa