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Região de Campinas despenca em ranking de crescimento

RMC caiu 116 posições no mais recente estudo feito pelo Centro Brookings Institution; centro analisa o desempenho das 300 maiores economias metropolitanas do mundo

Inaê Miranda
05/04/2015 às 05:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 17:23
Laerte Martins, da Acic, diz que Campinas gerou menos bens e serviços ( Cedoc/ RAC)

Laerte Martins, da Acic, diz que Campinas gerou menos bens e serviços ( Cedoc/ RAC)

A Região Metropolitana de Campinas despencou 116 posições no mais recente ranking de crescimento econômico divulgado pelo Centro de Estudos Brookings Institution, dos Estados Unidos.   O centro analisa anualmente o desempenho das 300 maiores economias metropolitanas do mundo com base na evolução do Produto Interno Bruto (PIB) per capita e da criação de empregos. Em 2013, a RMC aparecia na 175ª posição, mas caiu para a 291ª em 2014, ficando entre as últimas avaliadas no estudo. Além de Campinas, outras 10 regiões metropolitanas brasileiras estão elencadas no ranking e sete delas também apresentaram queda considerável de posição. Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife foram as únicas a subir.   Entre as brasileiras, a região de Salvador foi a que mais perdeu posições, passando do 64° lugar em 2013 para o 266° em 2014, com uma queda de 0,9% do PIB per capita e um aumento de 0,5% na taxa de emprego.   Campinas apresentou queda de 2,2% do PIB per capita e a taxa de emprego ficou negativa. Os autores do estudo veem o resultado ruim das metrópoles brasileiras como um reflexo do momento negativo pelo qual passa a economia do País. Eles observam ainda que a população cresceu mais do que o PIB. Laerte Martins, economista da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), destaca que a economia do País piorou e a região de Campinas seguiu a tendência nacional.   Martins comparou o PIB per capita de 2013 com os dados projetados para o PIB de 2014 — os dados oficiais de 2014 ainda não foram divulgados — e chegou a um número ainda pior do que o apresentado no estudo.   “Na Região Metropolitana de Campinas o PIB per capita caiu 3,82%. Ou seja, nós perdemos posição porque o poder de compras piorou e o que a economia gerou na região, em termos de bens e serviços, foi menor do que no ano passado”, explicou.

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