Reencontro de rivais

A final da Supercopa da Europa marca nesta sexta-feira o reencontro entre José Mourinho e Pep Guardiola, dois dos maiores treinadores do futebol europeu. A rivalidade entre ambos nasceu no período em que trabalharam na Espanha, à frente do Real Madrid e do Barcelona. Nesse duelo, o espanhol se consagrou como melhor treinador do mundo, enquanto que o português ficou em segundo plano, a ponto de o Real abrir mão de seus serviços ao final da temporada passada.Pep, ao contrário, pediu demissão em alta, descansou um ano e escolheu onde trabalhar. Optou pelo time que ganhou o Alemão, a Copa da Alemanha e a Liga dos Campeões. Seu desafio é manter o Bayern como melhor de todos.Mourinho foi contratado pelo Chelsea, clube no qual viveu grandes momentos. É idolatrado pela torcida, o que não acontecia em Madri, onde chegou a ser contestado.É por isso que, assim que surge uma oportunidade, Mourinho provoca o ex-clube. Já disse que na Inter de Milão trabalhou com o “verdadeiro Ronaldo”, numa crítica indireta a Cristiano.Mourinho também não esqueceu o rival e provocou Guardiola no início da semana de forma bem direta: “Foi o Bayern de Jupp Heynckes que se elegeu o melhor time da Europa. Agora eles têm um novo treinador e novos jogadores. Não tenho tanta certeza de que seguem sendo tão bons quanto na temporada passada.”Isso poderia ser apenas mais uma provocação de um treinador mal-humorado, mas o fato de o Bayern ainda não ter feito grandes atuações dá peso à análise. Afinal, com Pep, o Bayern já perdeu a Supercopa da Alemanha para o Borussia e fez atuações apenas regulares no Campeonato Alemão. Na última delas, empatou com o Freiburg, time que ficou em 5º lugar na temporada passada, com 40 pontos a menos do que o “Bayern de Heynckes”.É claro que é muito cedo para fazer qualquer avaliação sobre o trabalho de Guardiola, mas é fato que ele pegou um time pronto, recebeu os reforços de Gotze e Tiago Alcântara e começou devagar. Pode reagir e seguir dominando a Europa? Claro que sim. Mas a dúvida de que isso acontecerá hoje é bem maior. Mourinho, que largou muito bem no Inglês, fará de tudo para aumentar essa desconfiança na grande final desta sexta.E por falar em futebol europeu, Ribéry ganhou nesta quinta-feira o prêmio de melhor jogador da Europa da 12/13, superando Messi e Cristiano Ronaldo, que nem compareceu à cerimônia de premiação. Prêmio merecido, para um jogador que fez bem menos gols dos que os concorrentes, mas que bateu os dois gênios em número de assistências e, principalmente, títulos. Ribery ganhou a tríplice coroa, Messi ficou só com o Espanhol e CR7 não ergueu uma taça sequer. O troféu ficou em boas mãos.