Motim durou cerca de 24 horas e todos os reféns foram libertados depois de negociações com a PM
Depois de 24 horas, chegou a fim a rebelião dos presos do Complexo Penitenciário Antonio Jacinto Filho (Compajaf), em Aracaju, onde os detentos mantiveram quatro agentes da empresa Reviver com reféns, enquanto outras 126 pessoas - incluindo 15 crianças - também permaneciam dentro da unidade.Após intensos diálogos com o negociador da Polícia Militar de Sergipe, capitão Marco Carvalho, os internos decidiram liberar os reféns. Ficou acertado que alguns dos presos seriam transferidos para outros presídios de Sergipe.A liberação do primeiro agente aconteceu por volta das 11h deste domingo (18). O homem, cujo nome não foi revelado, não aparentava estar ferido. Mais tarde, às 12h30, os 16 internos da ala D, onde começou a rebelião, concordavam em liberar os outros três reféns, que foram soltos por volta das 12h30. O secretário de Segurança Pública João Eloy diz que os reféns não tiveram ferimentos graves. “A gente conseguiu negociar sem uma tragédia maior. Os agentes tiveram ferimentos leves, mas estão bem”, afirmou. Já o secretário de Justiça e Cidadania, Valer Lima, assegurou que as denúncias de maus tratos feita pelos internos serão apuradas.Entre as pessoas que estavam visitando internos e foram liberadas com o fim da rebelião estava a aposentada Maria dos Prazeres Santos Cordeiro. “Estou com 62 anos de idade e é a primeira vez que vou a um presídio. Essa noite pra mim foi terrível porque tenho um filho e ele foi preso por conta de amizade e aconteceu essa barbaridade. Nem sei explicar a agonia que passei”, contou.