O time inglês garante vaga nas quartas de final com um empate sem gols na partida de volta
No primeiro capítulo do confronto de oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa entre Real Madrid e Manchester United a igualdade prevaleceu. Nesta quarta-feira (13/02), no Santiago Bernabéu, as equipes ficaram no empate por 1 a 1, em jogo comandado pelo time espanhol no primeiro tempo e muito equilibrado na etapa final. Melhor para os ingleses, que garantem vaga nas quartas de final com um empate sem gols na partida de volta, no dia 5 de março, em Old Trafford.
Principal personagem do confronto, por ter atuado pelo Manchester United entre 2004 e 2009, Cristiano Ronaldo não decepcionou: foi o autor do gol madrilenho, aos 29 minutos do primeiro tempo, e responsável pelas principais oportunidades da equipe. Novidade de Alex Ferguson na escalação, Welbeck havia inaugurado o placar para os ingleses aos 18 minutos.
O primeiro bom momento da partida desta quarta foi do time da casa, com Khedira, que recebeu dentro da área e assustou o goleiro De Gea com um chute cruzado. O Real era melhor no início e, aos cinco minutos, acertou a trave. Após rebatida de Ferdinand, Fábio Coentrão bateu cruzado de direita. De Gea pulou e conseguiu desviar antes de a bola tocar a trave.
O Real se aproveitava dos avanços pelo lado esquerdo, nas costas de Rafael, que não fazia boa partida e dava muitos espaços para Coentrão e Özil. O time espanhol, no entanto, não conseguiu traduzir esta superioridade em gols.
Já o Manchester United marcou em sua primeira oportunidade. Aos 18 minutos, Rooney bateu escanteio pela esquerda, o goleiro Diego López ficou no meio do caminho, Sergio Ramos não acompanhou na marcação, e Welbeck subiu com tranquilidade para tocar no canto e abrir o placar.
O gol acordou o Real, que voltou a tomar conta do jogo. Cristiano Ronaldo levou perigo aos 27 minutos, após rebote em cobrança de falta batida por ele mesmo na barreira. Apenas dois minutos depois, o próprio atacante português deixou tudo igual. Ele recebeu cruzamento de Di María e subiu muito para cabecear com estilo no canto esquerdo de De Gea. O astro não comemorou o gol, em respeito ao seu ex-clube.
O Manchester cresceu após o empate, foi para cima e perdeu boas chances com Welbeck e Rooney. O jogo era muito movimentado e com oportunidades de ambos os lados. Aos 36 minutos foi a vez de Özil levar perigo ao gol de De Gea. Antes do intervalo, Cristiano Ronaldo ainda teve mais um bom momento, mas as equipes foram mesmo para o vestiário empatadas.
O segundo tempo começou como terminou o primeiro: muito movimentado. O Manchester United tomou conta das primeiras ações, mas, logo, o Real Madrid cresceu e equilibrou. Aos sete minutos, Di María aproveitou sobra de bola e, de fora da área, bateu com muito perigo.
O time da casa só não virou o placar aos 15 minutos porque De Gea fez milagre. Após cruzamento da direita, Coentrão mergulhou e, de carrinho, tocou para o gol. O goleiro do Manchester United se esticou todo e evitou o gol certo com o pé direito.
Talvez assustado com a pressão que o adversário iniciava, o time inglês se fechou e esperava um contra-ataque para chegar ao segundo gol, o que fez com que o ritmo da partida diminuísse. O Real até ficava mais com a posse de bola e acuava o Manchester, mas esbarrava no bloqueio armado à frente da área de De Gea.
A proposta inglesa quase surtiu efeito aos 26 minutos. Em um contra-ataque pela direita, Rooney achou Van Persie dentro da área. O holandês encheu o pé de direita, Diego López espalmou e a bola ainda tocou no travessão. No lance seguinte, novamente Van Persie quase marcou. Ele aproveitou erro de marcação da zaga madrilenha, dominou sozinho, mas bateu sem força. A bola quicou, encobriu o goleiro, mas Xabi Alonso evitou o gol de carrinho.
Cristiano Ronaldo, em três oportunidades, ainda tentou levar perigo para o gol de De Gea, que garantia o bom resultado para o Manchester com boas defesas. Apesar do esforço do atacante português, a partida se arrastou em ritmo lento até o final.