Nova maratona artística chega à TV, em abril, com "Got Talent Brasil"
Uma fábrica de sonhos: assim os três jurados e o apresentador do "Got Talent Brasil", Rafael Cortez, definiram como será a versão brasileira do reality show, que já foi exibido em 50 países e chega agora à programação da Rede Record. A estreia acontece no dia 2 de abril, após a novela "Balacobaco", e o programa terá 16 episódios, com exibição sempre nas noites de terça-feira.
Rafael Cortez vai usar a sua experiência de cinco anos como repórter de humor no "CQC", da Band, para se adaptar ao versátil formato da atração. "Fiz de tudo um pouco. Entrevistei políticos, corri atrás de celebridades e criei jogo de cintura. Tive uma boa escola e vou usar isso para me adequar ao contexto aqui", dispara o apresentador, que está debutando nessa função. "Estou feliz de estar neste programa, que parte da premissa de valorizar quem tem trabalho artístico para mostrar. Isso é importante destacar num mundo em que muitos ficam famosos por ter corpos bonitos ou por namorarem alguém popular", ressalta Cortez.
A diretora da atração, Fernanda Telles, afirma que o programa vai usar os talentos dos candidatos para emocionar quem está em casa. O leque de opções para conquistar o público é grande. No "Got Talent Brasil" vale praticamente tudo: dança, canto, número com animais, mágica, efeitos especiais e outros.
A competição funciona sem direito a segunda chance. A ideia é que o candidato surpreenda os jurados durante três minutos. Se houver três toques de "X", o que representa o não de cada jurado, o artista é interrompido e a apresentação encerrada. No entanto, se as luzes do "X" não acenderem, o participante continua a apresentação até o fim.
Os primeiros episódios vão mostrar a fase das audições, e os aprovados pelos jurados se apresentam ao vivo na segunda fase. É aí que entra de fato a participação do público, que passa a votar e a decidir quem continua na competição.
Foram mais de 10 mil inscritos para chegar aos 48 candidatos que vão concorrer ao prêmio de R$ 200 mil. "É cansativo ficar 10, 11, 12 horas gravando, mas o clima nos bastidores é maravilhoso, afinal estamos lidando com sonhos e momentos especiais na vida dos candidatos", conta o carnavalesco Milton Cunha. Ele é o jurado menos conhecido dos três, mas a primeira impressão que dá é que será o mais exigente. Sua experiência nas competições das escolas de samba tem quase 20 anos de carreira.
Sidney Magal e Daniella Cicarelli completam a bancada que julga os participantes. Ela, que saiu de uma atração musical recentemente, o "Provão MTV", afirma que está apta para a tarefa de julgar o talento dos outros, mas reconhece que é a jurada mais "coração mole" dos três.
Já o cantor Sidney Magal se diz tranquilo com a experiência que tem para assumir tamanha responsabilidade. "Julgar o sonho dos candidatos, seja alimentando esperanças ou colocando um ponto final em certas expectativas, não é uma coisa fácil. Mas eu me sinto maduro para fazer esse trabalho". E ele realmente tem uma longa estrada rodada. Além de cantar, Magal já fez novela, cinema e até programa de humor.
Milton Cunha diz que a plateia é o quarto jurado e a pressão do público já foi sentida nas audições. "A plateia tenta empurrar aquilo que eles acham que vale, às vezes só porque o candidato canta uma música popular. Eu não me deixo influenciar. Nós três já levamos vaias maravilhosas", brinca o carnavalesco.
O formato desse reality show é Fremantle Media e é sucesso em todo o mundo. Recentemente, foi lançado na Bélgica, Vietnã, Peru, Equador e Nova Zelândia. A versão americana é a que está mais tempo no ar. São sete temporadas, todas com uma audiência espetacular. A versão britânica ficou muito conhecida com a repercussão da descoberta do talento de Susan Boyle.