CARLO CARCANI

Quinta de recorde, quinta de decisão

Carlo Carcani
20/03/2013 às 21:27.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:46

A quinta-feira é muito importante para o futebol de Campinas no Campeonato Paulista. A Ponte Preta tem tudo para igualar um recorde histórico, obtido naquele que foi o ano mais vitorioso de sua história. Em 1981, a Macaca foi vice-campeã estadual e semifinalista do Campeonato Brasileiro. Sob o comando Jair Picerni, seu ex-lateral que dava os primeiros passos na carreira de treinador, a Ponte iniciou o Paulistão com uma longa série invicta, que durou 13 partidas. As chances de que o feito seja alcançado novamente são enormes, apesar da ausência de quatro titulares. Mas a Ponte não estaria brigando pela liderança se tivesse apenas 11 titulares.

Sua força está na qualidade do elenco como um todo. Os reservas dão conta do recado não apenas quando entram durante a partida, mas também quando começam jogando.

É bem verdade que perder Artur, Uendel, Cicinho e Ramirez de uma vez não é pouca coisa, mas a Ponte está confiante e isso ajuda muito. O Barbarense, ao contrário, joga sob enorme pressão. Está na zona de rebaixamento, sua média de gols é muito baixa (0,5 gol por jogo, igual à de William) e na derrota para o Corinthians, na rodada anterior, mal conseguiu passar do meio de campo. A Ponte é favorita e precisa de uma atuação normal para igualar o recorde de 1981. No domingo, foi muito mal contra o Atlético Sorocaba, mas, ainda assim, venceu. Improvável que, mesmo desfalcada, repita uma atuação como aquela.

No Brinco de Ouro, o Guarani faz um jogo de extrema importância contra o Paulista. Com apenas dois pontos somados nas últimas quatro rodadas e com o Corinthians pela frente no final de semana, precisa derrotar o Paulista para chegar aos 12 pontos e não permitir que o adversário saia de seu alcance.

O Bugre precisa entrar no bolo dos times que estão entre o 10º e o 16º lugar e se distanciar do Z4. Para isso, é fundamental vencer um jogo como o desta quinta em casa.

Branco deve abandonar o esquema com três volantes, o que aumenta as chances de vitória. Em casa e diante de um adversário que não vence há três rodadas, o Guarani não tem outra alternativa a não ser agredir. Wilson, titular nas duas partidas anteriores, quase não pegou na bola em Mirassol e na Vila. Sua produtividade foi muito baixa e seria muito interessante se o treinador utilizasse outra peça em seu lugar. Fernando Gaúcho, ainda sem nenhuma chance como titular, seria uma boa opção. Mas com Wilson ou quem quer que seja, o Guarani precisa dos três pontos. Se vencer, a batalha nas seis rodadas finais será duríssima. Em caso de empate ou derrota, a missão será mais complexa e a confiança, menor. Jogo muito importante, no qual o Bugre não pode falhar.

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