Existe uma queixa de furto apresentada pelos responsáveis do Instituto Royal contra ativistas
Quem estiver ou adotar algum dos 178 beagles, retirados na madrugada de sexta-feira (18), do Instituto Royal, em São Roque, na região de Sorocaba, pode ser preso por receptação. A afirmação é da Polícia Civil da cidade e do Ministério Público, já que existe uma queixa de furto apresentada pelos responsáveis da entidade contra os ativistas responsáveis pela retirada. Depois da invasão ao prédio, as pessoas que levaram os cães criaram uma página na internet e passaram a oferecer os animais em adoção. A página teve milhares de acessos em poucas horas.O promotor Wilson Velasco Júnior disse, neste sábado (19), que a prioridade é encontrar os cães. Ele afirmou que os animais representam risco para a saúde dos seres humanos. Todos os cães retirados do Instituto Royal passavam por experiências para a produção de medicamentos e cosméticos, que devem servir à indústria farmacêutica, e a entidade conta com financiamento federal. A invasão do prédio na madrugada de sexta-feira foi o ponto alto de uma vigília dos ativistas que havia começado no dia 12. Eles diziam que os cães sofriam maus-tratos no interior do instituto.Após passar a semana tentando falar com representantes da entidade, os ativistas conseguiram uma reunião para a tarde de quinta. Só que o instituto não enviou representante temendo represálias.A partir daí foi organizado um protesto, que acabou ganhando adeptos rapidamente. Por volta de 2h, um grupo de 120 pessoas invadiu o prédio e retirou todos os cães que estavam no local. A diretora-geral do instituto, Sílvia Ortiz, disse que a invasão acabou com dez anos de pesquisas e que os ativistas furtaram equipamentos e depredaram as instalações e registrou queixa contra eles.A polícia e o MP vão utilizar imagens do circuito interno de câmeras do laboratório do instituto para identificar os responsáveis pela ação e eles também deverão responder a processo pela invasão e furto.