Campinas sedia a partir desta quinta exposições de pintura, fotografia, esculturas e instalações
Foto que integra a mostra 'Por Dentro de Mim', em cartaz na Galeria Sede (Divulgação)
Pinturas em acrílico, fotografias, instalações e esculturas em terracota são algumas das alternativas de artes plásticas que podem ser conferidas a partir de amanhã nas exposições Divinas — do artista campineiro Renato Stegun, na Galeria de Arte Geraldo Jurgensen do Tênis Clube de Campinas —, Por Dentro de Mim — parceria do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com a Galeria Sede, que traz trabalhos dos estudantes e artistas visuais Giuliano Baroni e Bianca Moschetti — e Kuan Yin, de Fábio Francé, na Galeria da Livraria Cultura do Shopping Iguatemi.
A mostra de Stegun abre o mês de comemoração dos 100 anos do Tênis Clube de Campinas. O artista gráfico, caricaturista e publicitário apresenta 12 telas de acrílico e seis pinturas digitais em escala menor, da série Divininhas, todas com o mesmo tema, retratando a polivalência do universo feminino por meio de mulheres caracterizadas como na belle époque francesa. “Este é um projeto antigo, que começou com tinta em 2000. Pintei minha primeira ‘Divina’ em 2005. De lá pra cá me envolvi mais com técnicas digitais, até retomar a pintura no ano passado, com o mesmo tema”, conta Stegun.
As telas expostas estarão à venda no local. “Acho importante estimular a compreensão do público de que a cultura pode ser consumida de várias formas, não apenas durante a exposição. A compra de uma obra de arte traz um prazer diferente daquele que se tem ao adquirir um bem não durável. A obra de arte é eterna”, diz a curadora da mostra, Luiza Testa.
Na Galeria Sede, a proposta é explorar os contornos possíveis das relações íntimas, explica o coordenador da galeria, Tarcísio Penteado. Ele cita que trata-se da primeira exposição de alunos da Unicamp fora das dependências da universidade. Os artistas foram contemplados por um edital feito pelo SAE junto com a Galeria Sede. A mostra trata basicamente das relações humanas. Além de desenhos e fotografias, Giuliano Baroni apresenta uma instalação composta de mensagens trocadas entre ele e seu amante.
“Trata de uma relação amorosa, mas que aborda a questão política, religiosa e também a profana, pelo viés da homossexualidade”, explica Baroni.
No trabalho de Bianca, o afeto manifesta-se nas fotografias analógicas que retratam amigos nus em suas casas, em atividades cotidianas e banais. “A série lida com a colocação do espectador dentro da cena, uma inserção forçada na intimidade do fotografado”, diz Bianca. Além dos trabalhos que ocupam a sala principal, a coletiva traz desenhos feitos pelos artistas ma investigação do corpo e intervenções específicas para a área externa da galeria.
Já a mostra Kuan Yin reúne 16 esculturas em terracota de Fábio Francé. “Kuan Yin é um nome oriental que representa a personificação do sagrado feminino. A exposição apresenta imagens em cerâmica de figuras femininas andando, orando, em posturas de concentração e meditação, com forte ligação com a espiritualidade”, explica Francé, que traz ainda a imagem de uma Nossa Senhora. Ele explica que a mostra apresenta o resultado de uma pesquisa que vem desenvolvendo nos últimas 4 anos. “Em setembro passado apresentei essa mostra na Livraria Cultura de São Paulo. Agora estamos trazendo a Campinas.”