PUNIÇÃO

Pussy Riot em greve de fome denuncia privação de água

Serviço de aplicação de penas desmentiu as acusações de que tenha retirado a água da prisioneira

France Press
27/09/2013 às 10:22.
Atualizado em 25/04/2022 às 01:47

Nadejda Tolokonnikova, uma das integrantes detidas do grupo de punk rock russo Pussy Riot, atualmente em greve de fome, afirmou que autoridades da colônia penitenciária a privaram de água, fazendo uso da força, em uma carta divulgada nesta sexta-feira (27). Na carta, transmitida por seu marido Piotr Verzilov à AFP, a jovem de 23 anos, que tem uma filha de cinco anos, indicou que duas funcionárias do campo de trabalhos forçados para mulheres Nº 14 de Mordóvia (600 km a leste de Moscou), acompanhadas por uma prisioneira, entraram na cela onde estava incomunicável desde o início desta semana para confiscar todas as suas garrafas de água. "A oficial Vadim Nikolaevich pegou minhas mãos, exercendo uma pressão dolorosa sobre meus ombros e impedindo que me movesse. Enquanto isso, a presa Nevecheria levou toda a minha água potável", escreveu. "Sem água, uma pessoa morre em poucos dias quando está em greve de fome", acrescentou. O serviço russo de aplicação de penas desmentiu estas acusações. Nadejda Tolokonnikova, que cumpre uma pena de dois anos por ter paticipado de uma oração punk contra o presidente russo Vladimir Putin, cantada na catedral de Moscou, anunciou na segunda-feira que começava uma greve de fome, acrescentando que foi ameaçada de morte depois de ter denunciado as condições de detenção em seu campo de trabalhos forçados.

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