AÇÕES

PUC economiza 12,3 milhões de litros de água

Universidade estimula o uso consciente e adota medidas em seus 3 campi e no Colégio Pio XII

Vanessa Tanaka
meioambiente@rac.com.br
19/03/2015 às 05:00.
Atualizado em 24/04/2022 às 02:37

Edna Dellatorre Migliatto, enche balde em espelho d'água, atualmente usado como reservatório para reúso (Giancarlo Giannelli/Especial para a AAN)

A consciência ambiental tem mostrado que há muitas maneiras de lidar com a crise hídrica que tem afetado a região Sudeste. Com medidas práticas e mais econômicas, o brasileiro mostra que, na hora do improviso, vale tudo. A Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), por exemplo, já adota medidas desde o ano passado para garantir o consumo consciente de água entre a comunidade acadêmica.   Integrando uma população de cerca de 18 mil alunos, o grande desafio da universidade, além do aprimoramento das atividades de ensino, pesquisa e extensão, é destacar a importância do desenvolvimento sustentável.   Em 13 meses adotando algumas medidas de conscientização, os três campi (1, 2 e central) e o Colégio de Aplicação Pio XII, localizado na Rua Boaventura do Amaral, economizaram 12.356 metros cúbicos (m³) de água, uma redução de 5,8% no consumo total da instituição.   A economia alcançada daria para abastecer a entidade por 23 dias ou três semanas ininterruptas e celebra o Dia Mundial da Água, no próximo dia 22, com mais esperança. Porém, a conquista só foi possível após algumas determinações, como o fechamento de 45% dos sanitários, atitude pensada estrategicamente para não prejudicar alunos e funcionários durante o período das aulas, proibição de lavagem de veículos da universidade, limpeza a seco de toda a área externa, reaproveitamento da água das chuvas e limitação das regas dos jardins internos. Para garantir que tudo transcorra como o previsto, a segurança universitária faz rondas, orientando e fiscalizando, caso ocorra utilização incorreta do recurso nos campi.   Nas praças de alimentação foram colocados arejadores nas torneiras que fazem a mistura do ar com água para uma sensação de maior fluxo, ao mesmo tempo em que promove economia. Os restaurantes foram instruídos a fazer a limpeza dos utensílios de cozinha utilizando máquinas de lavar louças e a higienização do piso é feita a seco, como no restante dos campi. O cardápio também entrou na onda com a instrução para diminuir a utilização de verduras que necessitam ser lavadas em água corrente.   Tais atitudes podem parecer pequenas para quem olha de fora, mas na hora de conferir o consumo mês a mês, a PUC-Campinas percebeu que essas mudanças fizeram uma enorme diferença. Para Israel Pilmon Gitirana Barros, coordenador da divisão de logística e serviços, já estava na hora de despertar.   “Vivemos uma crise hídrica. A universidade tem que se engajar e fazer com que alunos e funcionários tenham consciência e economizem água na instituição”, alerta o coordenador.A responsabilidade ambiental, que antes era lembrada apenas por animais em extinção, hoje, com mais informação conseguiu desfazer o equívoco e esclarecer que a ideia é bem mais ampla e as consequências pelo descaso com a natureza podem gerar situações nunca antes vistas.   A iniciativa da universidade não só provou que há maneiras saudáveis de conviver com a falta d’água como contribuiu, e continua a contribuir, para o despertar da consciência ambiental de todos os envolvidos. “Toda a sociedade está acordando para isso, embora diante de uma necessidade”, diz Barros.   CONHEÇA   Mais informações sobre o projeto de economia de água podem ser conferidas na internet: TV PUC-Campinas: http://migre.me/oKHt8   Site: https://www.puc-campinas.edu.br/   Redução de perdas   A PUC-Campinas já possuía algumas ações para estimular a economia de água, como adesivos e cartazes, mas percebeu que precisaria intensificar as ações, com atividades complementares para explorar todo o potencial. E foi na colaboração que viu uma mudança positiva dentro de seus muros. A reação dos alunos diante das novas ações de combate à crise hídrica tem sido muito importante e, segundo Israel Pilmon Gitirana Barros, coordenador da divisão de logística e serviços, a universidade tem recebido diversas sugestões. Mas reclamações, ainda que pequenas, também aconteceram. “Tivemos apenas duas reclamações com relação ao fechamento dos sanitários, em um universo de 18 mil alunos e 2,5 mil funcionários”, diz o coordenador. Quanto aos funcionários, não foi difícil implementar as ações, já que perceberam que suas contribuições vieram para ficar. “Gostaram muito da ideia e participam com palpites. É bem mais intensa a presença de funcionários com propostas, no que diz respeito à economia de água e de energia elétrica”, aponta. FuturoDiante de tantos resultados bons, a PUC-Campinas pensa em fazer mais ações futuramente, tanto que está revisando todo o sistema hidráulico da instituição para detectar vazamentos e diminuir a vazão de água em torneiras e vasos sanitários. Estuda também a utilização de água de reúso, hoje já adotado de forma emergencial dentro de um projeto de captação de chuva, de uma maneira mais efetiva, utilizando equipamentos adequados.    SAIBA MAIS4 Fundada em 1941, a universidade conta atualmente com mais de 155 mil alunos formados, possui 66 laboratórios, quatro bibliotecas distribuídas em três campi, além do Hospital e Maternidade Celso Pierro.   Os cursos abrangem diversas áreas do conhecimento e estão divididos em cinco centros: Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologia; Ciências da Vida; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; Economia e Administração, e Linguagem e Comunicação.São mais de 50 cursos de graduação entre bacharelados, licenciaturas e superiores de tecnologia; 23 cursos de pós-graduação lato sensu e seis programas de pós-graduação stricto sensu, com cerca de 900 docentes.

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