CAMPINAS

Protesto dos funcionários de hospital completa 10 dias

Foram suspensas as horas extras para forçar a contração de novos trabalhadores

Inaê Miranda
13/11/2013 às 08:00.
Atualizado em 26/04/2022 às 12:31

Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti entram nesta quarta-feira (13) no décimo dia de suspensão da realização de horas extras. A medida foi uma forma que os trabalhadores encontraram para protestar contra a falta de funcionários, mas já provoca um grande impacto no atendimento hospitalar. Ao todo, já são 62 cirurgias eletivas canceladas e o tempo médio de espera no atendimento chega a duas horas. De acordo com o levantamento do hospital, o déficit é de pelo menos 160 funcionários. Já o sindicato aponta um déficit de 200 trabalhadores. Enquanto o impasse não é resolvido e os funcionários repostos, a suspensão de horas extras continua pelo menos até amanhã, quando está prevista uma assembleia entre o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Campinas e os funcionários. “A nossa preocupação é com a qualidade de vida dos trabalhadores. Temos registrado o aumento de afastamento deles por conta do excesso de trabalho. E o governo garantiu quando assumiu a gestão que ia contratar, mas efetivamente não vimos números significativos de contratações para o Mário Gatti”, disse o diretor do sindicato Rodolfo Fais. Sem sucessoA entidade desde o início da semana tenta agendar uma reunião com o prefeito Jonas Donizette (PSB), com os secretários de Recursos Humanos, da Saúde e com o presidente do Mário Gatti, mas sem sucesso. “Protocolamos um pedido de reunião, mas até hoje à tarde (ontem) não houve resposta. Queremos que o prefeito participe da reunião porque até agora os secretários não conseguiram resolver nada”, completou Fais. Apenas ontem, 13 cirurgias eletivas foram canceladas. Do total de 21 agendadas para o dia, foram realizadas apenas oito, além de outras quatro que chegaram de urgência. A direção do Hospital Mário Gatti informou que as urgências e emergências continuam sendo atendidas com prioridade. O hospital ressaltou que as 62 cirurgias eletivas foram suspensas desde o dia 4 de novembro por causa do movimento, mas também por conta de cirurgias de emergência que entraram na frente.

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