ig-zeza-amaral (AAN)
A alma portuguesa clama pelos respeitos ascendentes. Nem tanto pelo que herdamos da sua cultura, mas, pelos reclamos constitucionais de uma mesma cultura que se aprimorou ao longo de cinco séculos.Comunistas de todo o jaez não entendem a cristalina ação da liberdade, do que eles foram, e do que nós herdamos, e, em absurdo existencial, ainda se acham o sal da terra, conspurcando a sagrada herança de tantas lutas fratricidas; e isso sem contar que ofendem a própria raça humana, visto que todos vivemos no mesmo planeta, com os mesmos problemas de sobrevivência, alimento a plantar, água a nos matar a sede e, mais que isso, um fado a nos embalar quando estamos alegres, tristes ou tão somente contentes por estar com a barriga cheia e a alma prenha de generosidade.Muitos professores avançadinhos estimulam alunos e alunas a trocar de roupa em determinado dia: meninos vão vestidos com roupas de meninas; e meninas se vestem como meninos. A ideia, idiota, é claro, é promover o respeito que devemos ter com os homossexuais; no entanto, o tiro sai pela culatra pois tal ação constrange meninos e meninas, que travestis não são e nem serão. Tais professores se acham avançados e não sabem que a sociedade já criou uma festa para essa situação: o carnaval. Resta saber se tais professores são bons em ensinar aritmética, gramática e geografia, não é mesmo? Diante de recentes pesquisas, 75% dos estudantes que chegam ao fim do colegial são analfabetos funcionais. Sabem ler mas não entendem sequer um manual de montar uma caixa de sapatos.Iniciei esta reles crônica lembrando o respeito que devemos à alma portuguesa. E bem me lembro de alguns livros de História do Brasil que nos ensinava que Dom João VI fugiu covardemente do exército de Napoleão Bonaparte e que aqui veio se esconder. Napoleão era um proto-ditador e matou milhares de homens que se opunham politicamente a seu regime. Dom João VI foi o único rei a não ser destronado por Napoleão; e o exército napoleônico foi facilmente derrotado pelas forças portuguesas. Ganhamos nós com Dom João VI, que em menos de cinco anos consolidou as fronteiras brasileiras e iniciou um fecundo comércio com o resto mundo. No entanto, tanto Portugal e Brasil derrubaram seus monarcas e, hoje, tentam reciclar suas tristes histórias republicanas, a maioria feita de ditadores e de eternos corruptos, e que hoje posam de ferrenhos democratas, tão falsos quanto uma nota de três reais.Juscelino sempre é chamado de um grande estadista, ora se veja!, mas foi ele quem acabou com as ferrovias do país, segundo se sabe, para trazer a indústria automobilística para o Brasil, para fabricar carros e caminhões, e, para isso, concordou em construir estradas e acabar com o transporte ferroviário, o que foi feito com precisão quase cirúrgica. É claro que o paciente morreu e as nossas estradas estão atoladas em buracos – as federais, é claro – enquanto o resto do planeta mercantil transporta suas exportações em excelentes ferrovias, mais baratas, sem buracos e, ora essa, sem pedágios.Saiu Juscelino e veio a ditadura militar a se postar como vestal da nação. Tudo deu em nada. E a democracia voltou e chegou Fernando Collor de Mello, o menino da Casa da Dinda e do PC Farias. Empichado.Vivemos bons momentos quando Fernando Henrique Cardoso comandou a nossa economia e Itamar Franco era um bom homem que gostava das coisas nos lugares. Veio Lula da Silva e tudo começou a desandar. Dilma Rousseff, por favor, é apenas Lulla de saia. Acabo de saber, agora, nesta morna noite de sexta-feira, que Lulla vai ter de se explicar a respeito dos 5 milhões de reais que andou recebendo da construtora Camargo Corrêa, uma das mais implicadas na propinagem da Petrobras. Ou melhor: ladroagem.Ainda acho que se o Brasil tivesse um rei para nos representar diante de nós mesmos, e, acho eu, diante do mundo civilizado, e nada disso teria acontecido com tal dimensão de impunidade. E também agora mesmo acabo de saber que o rei Felipe IV, da Espanha, acaba de cassar o título de duquesa de sua irmã Cristina. Ela e o seu marido plebeu foram acusados de lavar 20 milhões de reais do fisco espanhol. Perto do que se rouba por aqui, dinheiro de pinga. Acho, raro leitor, que estou virando monarquista.Bom dia.