Dois grandes projetos para dotar Campinas de espaços para convenções podem começar neste ano
Aeroporto de Viracopos é recordista de voos cancelados no Carnaval (Erica Dazonne)
Dois grandes projetos para dotar Campinas de espaços para convenções poderão começar a ser construídos ainda este ano. Outro, para 10 mil pessoas, procura parceiros privados. O prefeito Jonas Donizette (PSB) informou que está em fase final de aprovação na Prefeitura um empreendimento do grupo Royal Palm Hotels & Resorts Royal Palm, de cerca de R$ 400 milhões, com capacidade para receber até 10 mil pessoas.
O outro projeto é da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que está em vias de assinar o contrato para construção de um centro de convenções que terá um auditório para 1.780 lugares, recepção com foyer e área para exposições, além de 6 salas de reunião com 50 lugares cada. Além disso, a Prefeitura está projetando um pavilhão de eventos em forma de avião, para 10 mil pessoas.
A necessidade de investimento no setor é urgente, especialmente no setor de feiras e eventos, disse a diretora de Turismo da Prefeitura, Alexandra Caprioli. Embora precisando de ampliação, a área de convenções vem sendo suprida pelo setor hoteleiro, que tem investido e deve ainda ampliar mais. Os gargalos da cidade são áreas para feiras e grandes eventos. "A realização de um congresso de cardiologia, por exemplo, para 8 mil pessoas, por exemplo, não tem onde ocorrer em Campinas. Porque além de área para o congresso em si, não dispomos de local para a realização de feiras de grande porte. São as feiras que em geral custeiam os congressos", disse.
O projeto do grupo Royal Palm Hotels prevê, além do centro de convenções, dois novos hotéis no mesmo local. Um econômico, para oferecer hospedagem às pessoas que participarem da organização dos congressos que acontecerem no local, e outro quatro estrelas. A empresa irá administrar os dois hotéis.
O aporte, porém, ficará por conta de uma incorporadora de capital aberto. A incorporadora também será responsável pela construção de duas torres comerciais com 400 salas e de um centro de compras e serviços com 30 lojas. Nele, serão instalados restaurantes e lanchonetes para atender o público dos eventos.
O projeto arquitetônico do centro de convenções da Unicamp é do arquiteto Ziegbert Zanettini, projetado para um terreno com um desnível natural de aproximadamente 20 metros.
Aproveitando totalmente a natureza de sua topografia, Zanettini incorpora a diferença entre as alturas e cria uma praça suspensa que pode ser acessada por meio de uma passarela ligando a grande praça pública ao edifício. A Unicamp informou, em nota, que não há prazo para iniciar as obras. O custo estimado da primeira fase da obra é de R$ 20,5 milhões.
Ele terá área edificada de 10,8 mil m², um estacionamento descoberto de 10,8 mil m² e áreas de paisagismo e urbanismo de 27 mil m², a organização dos espaços proposta permite que toda a área livre do terreno, com o projeto paisagístico, possa ser utilizada pela população como área de lazer, com facilidades como lanchonete sanitários para uso público, entre outras. A estrutura será em aço.
Campinas é carente em espaços para grandes eventos. Se desejar receber alguma feira, por exemplo, na área agrícola, com exposição de máquinas e equipamentos de grande porte, a cidade não tem um local para isso. Mesmo se for para a realização de uma convenção com mais de 1,5 mil participantes, não há espaço na cidade. A maior área hoje é do The Royal Palm Hotels & Resorts, que tem capacidade para 3,5 mil pessoas divididas em 30 salas.
Campinas é a oitava cidade que mais recebeu eventos internacionais, segundo o ranking de 2011 da Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, da sigla em inglês) que mapeou 55 cidades nas Américas. Campinas tem espaço para oferecer mais serviços em hotéis e centros de convenções por ser bem servida de estradas e aeroporto.
Não basta apenas ter grandes espaços de eventos. É preciso também ampliar a rede hoteleira, que durante a semana está com 100% da capacidade, mas que nos fins de semana cai para 30%", disse.
A ausência de equipamentos fez a cidade perder muitos eventos. Se quiser atrair eventos, disse a diretora de Turismo da Prefeitura, Alexandra Caprioli, Campinas terá que investir porque a rede hoteleira tem dado sua contribuição na estruturação de espaços, como ocorreu com a rede de hotéis Vitória, que instalou três salas de convenções com capacidade para 400 pessoas ao lado do hotel na Norte-Sul, com salão de festas e salas de apoio.