Projeto prevê hall da fama do futebol em Campinas

A Prefeitura de Campinas busca recursos para fazer uma calçada da fama de grandes jogadores de futebol nacional e internacional como uma das atrações da cidade durante a Copa do Mundo. A intenção é agradar os fãs das seleções de Portugal e da Nigéria, que ficarão hospedados no município. A proposta é que a calçada seja implantada na Lagoa do Taquaral — o Parque Portugal — próximo ao balneário. A Prefeitura também quer trazer de Portugal para a cidade a estátua (ou réplica) do ex-jogador e ídolo português Eusébio da Silva Ferreira e construir um museu do futebol a céu aberto no local. A diretora da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo, Alexandra Caprioli, explica que a ideia inicial era fazer uma calçada da fama, como a que existe em Hollywood — com uma estrela e o nome de grandes astros do cinema — mas com as iniciais de grandes jogadores de futebol. No entanto, a secretaria descobriu em São Paulo uma empresa que faz a implantação da calçada da fama com os pés de jogadores. “Nós estávamos fazendo por conta própria, mas descobrimos esse trabalho e sabemos que essa empresa já tem inclusive os moldes de pés de jogadores famosos, entre eles o Pelé”, disse. A estimativa de custo para a implantação dessa calçada é de R$ 200 mil. A Prefeitura busca esse valor por meio de iniciativas ou programas do Ministério da Cultura ou do Turismo. Um projeto semelhante já existe no Maracanã, no Rio de Janeiro, onde cada um dos homenageados foi convidado a colocar seus pés (ou mãos, no caso dos goleiros) em um molde de gesso, colocadas em peças de granito que fazem o formato de uma bola de futebol. Entre os homenageados no Maracanã estão Pelé, Garrincha e Zagallo, entre outros. Alexandra Caprioli afirma que a Prefeitura corre contra o tempo para por em prática essas atrações. A mais árdua até agora está sendo viabilizar o transporte da estátua do ídolo português Eusébio, morto em janeiro deste ano, que está no Estádio da Luz, do Benfica, time de futebol português e onde o jogador atuou. A diretora explica que a Prefeitura tentou por diversas vezes contato com o artista da obra em Portugal, mas não obteve resposta. Diante da dificuldade, a Administração avalia que o mais viável neste momento, faltando três meses para a Copa do Mundo, seria fazer uma réplica da estátua por um artista local. “Mas precisamos saber se para isso precisamos de autorização da família. Avaliamos que talvez seja muito caro transportar esta estátua. O mais viável será fazer uma réplica com artistas da região”, disse. A diretora de Turismo tem contado com a ajuda de um jornalista português para desenvolver esse projeto. MuseuA ideia do museu do futebol a céu aberto é um projeto motivado pela Copa do Mundo, mas que deverá ficar para somente depois do evento. Segundo Alexandra, há vários jogadores de futebol de Campinas que possuem objetos interessantes para ser colocados em exposição e que estão dispostos a ceder seus acervos. “Mas a ideia é que seja um lugar para receber objetos de jogadores nacionais”, disse. A proposta também expandir os acervos que os clubes de Campinas — Ponte Preta e Guarani — mantêm. Entre os jogadores dispostos a contribuir com o museu, está Oscar Sales Bueno Filho, o Dicá, ex-jogador e ídolo da Ponte Preta. Segundo Alexandra, são camisas, troféus entre outros objetos pessoais que poderão fazer parte dessa exposição permanente. Ainda não há uma estimativa de quanto poderá custar essa construção.