Projeto multiplica a rede do bem

O Projeto Cidadão, que nesta temporada chegou à sua 11ª edição, cumpriu, mais uma vez, a proposta básica de incentivar a solidariedade e o voluntariado. A série de reportagens começou a ser publicada no final de agosto de 2012. Desde então, ao longo de 30 semanas, o leitor do Correio Popular conheceu, em detalhes, ações sociais exemplares. Iniciativas individuais ou de grupos voltadas aos semelhantes. E o impacto multiplicador das matérias publicadas, confirmado pelas cartas e e-mails enviados à redação no período, serve de incentivo para que o projeto seja mantido como uma ação essencial do jornal, neste e nos próximos anos. As matérias detalharam programas que contam, eventualmente, com a ajuda de recursos públicos. Mas a série também enfocou ações mantidas com o dinheiro de empresas privadas ou associações. Em todos os casos, existe uma norma básica: não se busca lucro. Procura-se, sim, envolver a coletividade no combate às mazelas sociais históricas e oferecer amparo a quem precisa. À frente de cada programa estão idealistas: donos de carreiras profissionais consolidadas que disponibilizam tempo, talento e dinheiro do próprio bolso para servir. E se realizam assim.  Neste ano, o já tradicional projeto do Grupo RAC contou com um parceiro especial: o Grupo Polis Educacional, mantenedor de instituições de Ensino Superior nas cidades de Campinas, Jaguariúna e Indaiatuba. E a repercussão positiva das reportagens motivam a renovação da parceria.  O presidente do Polis, professor Ricardo Tannus, explica que o papel do grupo é abastecer o mercado com formação humanista. “Infelizmente, a maior parte das universidades brasileiras forma profissionais de grande capacidade técnica, mas alheios às carências da comunidade”, afirma. “Não adianta o jovem ter graduação, especialização e pós-graduação, e não ser sensível à realidade social ao seu redor.”  Quando o Grupo Polis nasceu, os empreendedores já buscaram inovar, envolvendo os alunos em ações externas, em projetos que prestam serviços essenciais gratuitos e atendem jovens e adultos. “Em todas as cidades onde o grupo atua, os programas beneficiam cerca de 4 mil pessoas. A formação humanizada está no DNA do Polis. Cada aluno participa da atividade relacionada com a sua formação técnica”, diz o professor.  A parceria com o Grupo RAC fortalece a proposta pedagógica. Para Tannus, o Projeto Cidadão torna públicas as iniciativas e, sobretudo, prestigia altruístas que arregaçam as mangas em favor da sociedade. A série de reportagens, afirma o presidente do grupo educacional, possui a finalidade essencial de atrair o engajamento da sociedade civil. “Com a divulgação de cada iniciativa, o jornal informa ao empresário como ele pode colaborar com programas sérios”, resume. “No momento em que a sociedade civil se engaja, as entidades prestam assistência maior, beneficiam mais gente.” Novidades O diretor presidente do Grupo RAC, Sylvino de Godoy Neto, afirma que a edição atual do projeto cumpriu sua proposta principal, que é despertar ações de auxílio a pessoas necessidades, incentivando o trabalho voluntário. Mas, para as próximas edições, o projeto será aprimorado, dando o merecido destaque às entidades beneficentes, mas também despertando atitudes cidadãs no cotidiano do cidadão. “Precisamos dar ênfase, por exemplo, sobre como o morador pode contribuir com a coleta seletiva do lixo”, diz. Vai caber à série de reportagens, no caso, orientar o campineiro sobre como ele pode participar.  Godoy Neto fez questão de ressaltar a importância da parceria firmada com o Grupo Polis. A participação de uma instituição de ensino metropolitana leva o projeto — e suas propostas — para outras cidades da região, para novas comunidades.