PIRACICABA

Professores protestam na Câmara por salários e melhorias

Marcelo Rocha
01/11/2013 às 09:29.
Atualizado em 26/04/2022 às 09:40

Cerca de 100 professores da rede municipal, de escolas dos ensinos infantil e fundamental, foram à Câmara de Vereadores, na noite de quinta-feira (31), durante a sessão do Legislativo, reivindicar ajustes no plano de carreira da categoria e melhor estrutura de trabalho aos educadores do município.Uma comissão composta por três professoras - Andréia BoysBertolina, Raquel Ventura Cruz e Márcia Maria Fernandes Sanches - pediu a palavra durante a sessão legislativa. Elas tiveram 10 minutos para expor algumas reivindicações dos professores que trabalham nas 112 escolas de Piracicaba.No plenário, as educadoras listaram uma série de problemas com os quais, segundo elas, convivem no dia a dia. Entre eles estão a sobrecarga de trabalho, a falta de estrutura na área de manutenção das escolas, adicional de local de exercício, falta de incentivo na formação acadêmica e isonomia salarial, entre outras questões."A estrutura que já existe funciona porque a gente arregaça as mangas. E mesmo assim, apesar dos problemas, a nossa rede ainda é uma referência de qualidade", comenta Andréia.Segundo a educadora, que é diretora da Escola Geraldo Bernardino, uma questão que necessita de revisão é a remuneração de diretores, coordenadores e supervisores de ensino. "Existe uma defasagem em relação ao salário do professor", diz a professora. Segundo ela, o atual sistema de remuneração das três categorias de profissionais (salário base + função gratificada) está em desvantagem em relação ao salário dos professores contratados no período entre 2005 e 2010, quando, segundo Andréia, o município resolveu aumentar a faixa salarial de entrada para atrair mais professores nos concursos públicos.Outra questão salarial, diz Andréia, é que os diretores do ensino infantil não têm os mesmos vencimentos dos professores do ensino fundamental. "A função é a mesma, mas Veja também Professores, da dignidade ao ultraje Professores protestam para reduzir jornada Querem 30 horas semanais ao invés das atuais 40; projeto de lei foi vetado pelo prefeito Professores de vida o salário é diferente", observa.A falta de condições que favoreçam a formação dos professores também foi mencionada. "A gente quer fazer pós-graduação, doutorado, mestrado. Queremos formação e não curso de 30 horas. Hoje, não existe a flexibilidade da carga horária para fazer qualquer curso", declara."A valorização dos professores é necessária, já passou da época. Entra governo e sai governo e não muda nada, continua a mesma coisa", desabafa a professora Débora Mendes de Matos.A também diretora de escola Beatriz Boaretto Rodrigues lembrou os mais interessados nas melhorias. "Não está valendo a pena. A gente luta pela melhoria do aprendizado das crianças", diz.

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