SALÁRIOS

Professores decidem manter greve em São Paulo

Reunião dos professores, segundo a Polícia Militar, teve participação de cerca de 4 mil pessoas

26/04/2013 às 19:23.
Atualizado em 25/04/2022 às 18:36
Os professores da rede pública do estado de São Paulo fecharam as seis pistas da Avenida Paulista, no centro de São Paulo (Agência Brasil)

Os professores da rede pública do estado de São Paulo fecharam as seis pistas da Avenida Paulista, no centro de São Paulo (Agência Brasil)

Os professores da rede pública de ensino do estado de São Paulo, decidiram, em assembleia, nesta sexta-feira (26), manter a greve iniciada na última sexta-feira (19). A reunião dos professores, segundo a Polícia Militar, teve participação de cerca de 4 mil pessoas.

Elas ocuparam o vão livre do Museu de Arte de São Paulo e bloquearam o trânsito na Avenida Paulista, a mais importante da cidade. Depois, seguiram em passeata até a Secretaria de Estado da Educação, na Praça da República.

A categoria reivindica reposição salarial de 36,74%. A secretaria oferece reajuste de 8,1%. De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, o aumento proposto pelo governo significa, na prática, reajuste de 2%, após desconto da inflação.

“Na reunião de ontem (quinta) com os dirigentes da Secretaria da Educação não nos foi apresentada nenhuma proposta concreta. A resposta é a continuidade da greve”, disse a presidenta do sindicato, Maria Isabel Noronha.

Ela diz que cerca de 40% dos professores do estado aderiram a paralisação. A secretaria, no entanto, divulgou nota informando que as escolas apontam que o registro de faltas teve aumento de 2,3% do total de docentes, em relação à média diária de ausências, que é aproximadamente 5%.

“Vale ressaltar que, se aprovado pela Assembleia Legislativa, o acréscimo de 8,1% apresentado na semana passada, a política salarial elevará em 45,1% os ganhos da categoria entre 2011 e 2014”, disse, em nota, a Secretaria da Educação, após reunião ontem com representantes dos professores.

Além do reajuste, os professores reivindicam o cumprimento da lei que determina que um terço da jornada de trabalho seja destinada a atividades de formação e preparação de aulas e a extensão dos direitos da categoria aos contratados temporariamente. A Secretaria da Educação diz que cumpre a exigência de liberar os professores para as atividades extraclasse.

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