Área para plantio da cana na região Centro-Sul deve ser 6,5% maior (Cedoc/RAC)
A Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar) prevê a moagem de 589,6 milhões de toneladas de cana na safra 2013/2014 na região Centro-Sul, um aumento de 10,6% em relação aos 532,7 milhões da safra que terminou em abril deste ano. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29) pela entidade.
O principal fator responsável pelo aumento na previsão é a área disponível para plantio, que neste ano cresceu 6,5% em relação à safra anterior. Além da maior área disponível para colheita, a expectativa é de um aumento significativo da produtividade agrícola.
“A lavoura está mais nova e o clima melhorou nos últimos meses, o que favoreceu o crescimento da planta”, disse o diretor técnico da Unica, Antonio de Pádua Rodrigues.
Na safra que terminou no começo deste mês, houve índice de 20,49% de renovação dos canaviais da região, o que diminuiu a idade média da lavoura. Com isso, segundo a Unica, a produtividade deve crescer 7,6%, e chegar a 80 toneladas por hectare. Na safra 2012/2013, a produtividade foi de 74,3 tonelada por hectare.
Açúcar e etanol
Do total que será processado de cana-de-açúcar na safra 2013/2014, a Unica estima que 46,2% terá como destino a fabricação de açúcar, percentual inferior aos 49,54% registrados na safra anterior. O volume produzido de etanol, por sua vez, deverá atingir 25,37 bilhões de litros, expressiva alta de 18,77% quando comparado à produção da última safra, de 21,36 bilhões de litros.
Destes 25,37 bilhões de litros, 14,17 bilhões de litros referem-se ao etanol hidratado – aumento de 12,18% em relação aos 12,63 bilhões de litros produzidos na safra anterior. O restante, 11,20 bilhões de litros, será representado pelo etanol anidro – considerável alta de 28,29% comparativamente ao volume observado no último ano.
A maior produção de etanol anidro projetada para a safra 2013/2014 se justifica pelo aumento do nível de mistura do produto na gasolina a partir de maio, quando o valor atualmente observado de 20% passará a ser 25%.
Para Antonio de Pádua Rodrigues, “o aumento do preço da gasolina no início deste ano, o maior teor de etanol anidro na gasolina e a recente desoneração do PIS/Cofins cobrado sobre o etanol, aliado ao superávit no mercado mundial de açúcar, tornaram a produção do biocombustível mais atrativa para o produtor. Isto explica a safra mais alcooleira esperada para esse ano.”
